Publicado 23/01/2023 14:47
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, ordenou, nesta segunda-feira, 23, uma investigação sobre os problemas fiscais do presidente do Partido Conservador, Nadhim Zahawi, um obstáculo para seu governo que prometia "integridade", após ser atormentado por escândalos de seu último antecessor, Boris Johnson.
Sunak delegou a seu consultor de ética uma investigação para determinar se Zahawi, um importante aliado do premiê e que ocupa um assento no Gabinete, violou o código ministerial ao resolver um litígio milionário pagando apenas uma multa por atraso.
"Claramente, há questões sobre este assunto que merecem resposta", admitiu Sunak, que, por enquanto, recusa-se a exonerar Zahawi, conforme pede a oposição.
A multa foi liquidada no ano passado durante o breve período em que Zahawi foi ministro das Finanças, no governo do então premiê Boris Johnson.
Depois, com a chegada de Sunak em Downing Street, Zahawi tornou-se presidente do Partido Conservador e ministro sem pasta.
O líder conservador recebeu bem a investigação e afirmou que não fez nada de errado na questão com a Receita, um caso relacionado às suas finanças como cofundador de uma bem-sucedida empresa de pesquisa YouGov, em 2000.
O assunto é, no entanto, um problema para o governo conservador, em um contexto de crise do custo de vida. A questão tributária também é um assunto delicado para Sunak.
No ano passado, a imprensa revelou que sua esposa, a bilionária Akshata Murty, beneficiou-se de um "status" tributário que permitia-lhe evitar o pagamento de impostos sobre sua renda no exterior.
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