Quatro suspeitos pelo assassinato do presidente do Haiti são presos na Flórida

Jovenel Moïse foi morto a tiros em julho de 2021 em sua residência, em Porto Príncipe, sem que seus guarda-costas interviessem

Com as prisões desta terça-feira, os Estados Unidos já prenderam 11 envolvidos no assassinato de Jovenel Moïse, em 2021AFP
Publicado 14/02/2023 18:48
Miami - A polícia americana prendeu nesta terça-feira, 14, em Miami, na Flórida, quatro suspeitos de desempenhar um papel no assassinato do presidente haitiano Jovenel Moïse, em 2021. O anúncio foi feito pelo promotor federal Markenzy Lapointe em coletiva de imprensa.
Três dos detidos são acusados de conspiração para sequestrar e matar uma pessoa fora dos Estados Unidos, crime com punição passível a prisão perpétua. São eles o venezuelano Antonio Intriago, o colombiano Arcángel Pretel Ortiz e o americano Walter Veintemilla.
Intriago e Ortiz gerenciavam duas empresas de segurança em Miami, conhecidas como CTU, envolvidas supostamente no plano para derrubar Moïse e substituí-lo por Christian Sanon, um cidadão americano-haitiano. Veintemilla se juntou ao complô como financiador por meio de sua empresa Worldwide Capital Lending Group, sediada no sul da Flórida.
O quarto detido, o americano Frederick Joseph Bergmann Jr., é acusado de ajudar a financiar o golpe e colaborar para enviar coletes à prova de balas da CTU para o Haiti sem cumprir com as normas americanas de exportação.
Moïse, de 53 anos, foi assassinado a tiros por um comando armado em julho de 2021 em sua residência privada em Porto Príncipe, sem que seus guarda-costas interviessem.
"Parece que o dinheiro e o poder, mas sobretudo o dinheiro, foram as oportunidades que alimentaram a trama", declarou Lapointe durante a coletiva.
Segundo ele, Intriago, Ortiz e Veintemilla tramaram o plano em troca de contratos para construir infraestruturas no Haiti, prover forças de segurança e equipamentos militares a um governo liderado por Sanon. Quando ficou claro que Sanon não tinha o apoio necessário e não cumpria os requisitos constitucionais para ser presidente, os organizadores do complô apoiaram um ex-juiz do Supremo haitiano para substituir Moïse, de acordo com a acusação.
Mais tarde, depois de não conseguirem sequestrar o presidente, os conspiradores decidiram supostamente matá-lo com um comando de 20 colombianos contratados pela CTU. Com as prisões desta terça-feira, os Estados Unidos já detiveram 11 pessoas por participação no assassinato de Moïse a partir do sul da Flórida.
Duas semanas atrás, Sanon e outros três homens foram extraditados para o território americano por participação no assassinato. A justiça americana acusa o primeiro de "exportação ilegal de bens dos Estados Unidos".
Os outros três homens extraditados, os haitiano-americanos James Solages e Joseph Vincent, e o colombiano Germán Rivera, são acusados de conspiração para matar e sequestrar Moïse.
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Quatro suspeitos pelo assassinato do presidente do Haiti são presos na Flórida

Jovenel Moïse foi morto a tiros em julho de 2021 em sua residência, em Porto Príncipe, sem que seus guarda-costas interviessem

Com as prisões desta terça-feira, os Estados Unidos já prenderam 11 envolvidos no assassinato de Jovenel Moïse, em 2021AFP
Publicado 14/02/2023 18:48
Miami - A polícia americana prendeu nesta terça-feira, 14, em Miami, na Flórida, quatro suspeitos de desempenhar um papel no assassinato do presidente haitiano Jovenel Moïse, em 2021. O anúncio foi feito pelo promotor federal Markenzy Lapointe em coletiva de imprensa.
Três dos detidos são acusados de conspiração para sequestrar e matar uma pessoa fora dos Estados Unidos, crime com punição passível a prisão perpétua. São eles o venezuelano Antonio Intriago, o colombiano Arcángel Pretel Ortiz e o americano Walter Veintemilla.
Intriago e Ortiz gerenciavam duas empresas de segurança em Miami, conhecidas como CTU, envolvidas supostamente no plano para derrubar Moïse e substituí-lo por Christian Sanon, um cidadão americano-haitiano. Veintemilla se juntou ao complô como financiador por meio de sua empresa Worldwide Capital Lending Group, sediada no sul da Flórida.
O quarto detido, o americano Frederick Joseph Bergmann Jr., é acusado de ajudar a financiar o golpe e colaborar para enviar coletes à prova de balas da CTU para o Haiti sem cumprir com as normas americanas de exportação.
Moïse, de 53 anos, foi assassinado a tiros por um comando armado em julho de 2021 em sua residência privada em Porto Príncipe, sem que seus guarda-costas interviessem.
"Parece que o dinheiro e o poder, mas sobretudo o dinheiro, foram as oportunidades que alimentaram a trama", declarou Lapointe durante a coletiva.
Segundo ele, Intriago, Ortiz e Veintemilla tramaram o plano em troca de contratos para construir infraestruturas no Haiti, prover forças de segurança e equipamentos militares a um governo liderado por Sanon. Quando ficou claro que Sanon não tinha o apoio necessário e não cumpria os requisitos constitucionais para ser presidente, os organizadores do complô apoiaram um ex-juiz do Supremo haitiano para substituir Moïse, de acordo com a acusação.
Mais tarde, depois de não conseguirem sequestrar o presidente, os conspiradores decidiram supostamente matá-lo com um comando de 20 colombianos contratados pela CTU. Com as prisões desta terça-feira, os Estados Unidos já detiveram 11 pessoas por participação no assassinato de Moïse a partir do sul da Flórida.
Duas semanas atrás, Sanon e outros três homens foram extraditados para o território americano por participação no assassinato. A justiça americana acusa o primeiro de "exportação ilegal de bens dos Estados Unidos".
Os outros três homens extraditados, os haitiano-americanos James Solages e Joseph Vincent, e o colombiano Germán Rivera, são acusados de conspiração para matar e sequestrar Moïse.
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