Publicado 01/03/2023 11:21
O Parlamento da Finlândia aprovou nesta quarta-feira (1º), de maneira antecipada e por grande maioria, a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), para a qual o país precisa da ratificação de Hungria e Turquia.
Os deputados finlandeses aprovaram por 184 votos a favor e sete contra uma lei que permite a entrada do país na aliança militar ocidental.
Por causa da invasão russa da Ucrânia, Finlândia e Suécia decidiram virar a página de sua política de não alinhamento militar em vigor desde a década de 1990, herdeira de décadas de neutralidade, e se candidataram à Otan em maio de 2022.
Até então, a Finlândia havia manifestado sua vontade de ingressar à aliança junto com a Suécia. As dificuldades que Estocolmo enfrenta com a Turquia, que culminaram em uma série de incidentes diplomáticos em janeiro, mudaram, no entanto, essa situação.
Com as eleições de 2 de abril no horizonte próximo, o governo da primeira-ministra em final de mandato, Sanna Marin, quer evitar qualquer tipo de vazio político para poder ingressar na Otan tão logo receba a aprovação de húngaros e turcos.
A adesão à Otan contou com o apoio quase unânime dos partidos finlandeses, incluindo daqueles que eram contrários à aliança antes do início da invasão russa da Ucrânia. Apenas um pequeno grupo de deputados de extrema-esquerda e de extrema-direita votou contra. Entre outros motivos, alegaram a falta de garantia de que armas nucleares não serão instaladas no território.
A aprovação da lei finlandesa não significa que o país se integrará, automaticamente, à aliança militar, uma vez obtida a ratificação de Hungria e Turquia. Estabelece, contudo, um cronograma claro: após sua adoção, o presidente finlandês, Sauli Niinistö, terá no máximo três meses para assiná-la.
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