EUA preparam novas regras para investimentos na ChinaAFP
Publicado 04/03/2023 10:10 | Atualizado 04/03/2023 10:15
O governo de Joe Biden está preparando um novo programa que pode proibir investimentos dos EUA em certos setores na China. Esse é um novo passo para proteger as vantagens tecnológicas americanas, em meio à competição crescente entre as duas maiores economias do mundo.
Em relatórios fornecidos aos legisladores no Capitólio, os departamentos do Tesouro e do Comércio disseram que estão considerando um novo sistema regulatório para lidar com o investimento dos EUA em tecnologias avançadas no exterior, que podem representar riscos à segurança nacional, de acordo com cópias dos relatórios vistos pelo The Wall Street Journal
Os relatórios dizem que Biden pode proibir alguns investimentos e, ao mesmo tempo, coletar informações sobre outros investimentos para informar as etapas futuras.
Embora os relatórios não identifiquem setores de tecnologia específicos que o governo Biden considera arriscados, eles disseram que setores que poderiam aprimorar as capacidades militares dos rivais seriam o foco do programa.
Pessoas familiarizadas com o trabalho no novo programa esperam que ele cubra investimentos de capital privado e capital de risco em semicondutores avançados, computação quântica e algumas formas de inteligência artificial.
As autoridades americanas querem impedir que os investidores americanos forneçam financiamento e conhecimento para empresas chinesas, que possam melhorar a velocidade e a precisão das decisões militares de Pequim, por exemplo. Além disso, o documento do Tesouro disse que o programa se concentraria em "impedir que o capital e a experiência dos EUA sejam explorados de maneiras que ameacem a segurança nacional, sem impor um fardo indevido aos investidores e empresas dos EUA".
Os relatórios também não identificam quais países se enquadrariam nas novas regras, embora as pessoas familiarizadas com o assunto disseram que esperam que sejam investimentos dos EUA na China. Os departamentos do Tesouro e do Comércio destacaram ainda que esperavam finalizar uma política sobre o assunto em um futuro próximo.
Publicidade
Leia mais