Publicado 16/03/2023 15:51
Zurique - As ações do Credit Suisse operaram em alta na abertura do mercado nesta quinta-feira, 16. A recuperação foi impulsionada pelo aporte, via empréstimo, de 54 bilhões de francos suíços, cerca de R$ 307 bilhões, do Banco Central da Suíça. A notícia tranquiliza as principais bolsas de valores, horas depois de a instituição registrar a pior sessão de sua história.
Na manhã desta quinta, o título do banco registrava alta de 22,30% na Bolsa de Zurique, a 2,07 francos suíços, depois de registrar o mínimo histórico de 1,55 franco na quarta-feira, quando a ação do Credit Suisse desabou 24,24%.
O banco também anunciou uma série de operações de recompra de títulos da dívida por quase 3 bilhões de francos suíços, cerca de R$ 17 bilhões.
Na manhã desta quinta, o título do banco registrava alta de 22,30% na Bolsa de Zurique, a 2,07 francos suíços, depois de registrar o mínimo histórico de 1,55 franco na quarta-feira, quando a ação do Credit Suisse desabou 24,24%.
O banco também anunciou uma série de operações de recompra de títulos da dívida por quase 3 bilhões de francos suíços, cerca de R$ 17 bilhões.
"Estas medidas são um movimento decisivo para fortalecer o Credit Suisse, à medida que continuamos nossa transformação estratégica para agregar valor aos nossos clientes e outras partes interessadas", afirmou o CEO do banco, Ulrich Koerner, em um comunicado.
Após um silêncio muito questionado no início da semana, o Banco Central suíço e a Autoridade Supervisora do Mercado Financeiro do país anunciaram uma ajuda ao CS na quarta-feira.
"O Credit Suisse atende às exigências em matéria de capital e liquidez impostas aos bancos de importância sistêmica", afirmaram o Banco Nacional Suíço (BNS, banco central), e a Autoridade Supervisora do Mercado Financeiro (Finma), em comunicado conjunto.
"Em caso de necessidade, o BNS colocará liquidez à disposição do Credit Suisse", acrescentaram as instituições.
O colapso do Credit Suisse aconteceu poucos dias após a falência do banco californiano Silicon Valley Bank (SVB) após uma onda de saques em larga escala de clientes, o que deixou o estabelecimento em dificuldades para manter o fluxo por conta própria.
Mas ao contrário do SVB, o CS integra o grupo de 30 bancos internacionais considerados muito importantes para quebrar, o que também impõe regras mais rígidas para resistir aos abalos do mercado.
A preocupação supera as fronteiras da Suíça. O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos afirmou que estava "monitorando a situação e em contato com as autoridades internacionais".
Acúmulo de reveses
Após um silêncio muito questionado no início da semana, o Banco Central suíço e a Autoridade Supervisora do Mercado Financeiro do país anunciaram uma ajuda ao CS na quarta-feira.
"O Credit Suisse atende às exigências em matéria de capital e liquidez impostas aos bancos de importância sistêmica", afirmaram o Banco Nacional Suíço (BNS, banco central), e a Autoridade Supervisora do Mercado Financeiro (Finma), em comunicado conjunto.
"Em caso de necessidade, o BNS colocará liquidez à disposição do Credit Suisse", acrescentaram as instituições.
O colapso do Credit Suisse aconteceu poucos dias após a falência do banco californiano Silicon Valley Bank (SVB) após uma onda de saques em larga escala de clientes, o que deixou o estabelecimento em dificuldades para manter o fluxo por conta própria.
Mas ao contrário do SVB, o CS integra o grupo de 30 bancos internacionais considerados muito importantes para quebrar, o que também impõe regras mais rígidas para resistir aos abalos do mercado.
A preocupação supera as fronteiras da Suíça. O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos afirmou que estava "monitorando a situação e em contato com as autoridades internacionais".
Acúmulo de reveses
"Esperamos que as medidas acalmem os mercados e interrompam a espiral negativa", disse Andreas Venditti, analista da Vontobel, que considera a ajuda do banco central como "um forte sinal".
"Mas levará tempo para recuperar totalmente a confiança", acrescentou.
O colapso da ação do Credit Suisse acelerou na quarta-feira após a recusa de seu principal acionista, o Banco Nacional Saudita, a ampliar sua participação no capital.
Questionado pela 'Bloomberg TV' se o banco saudita poderia investir mais dinheiro, seu presidente, Amar Al Judairy, disse: "A resposta é absolutamente não, por várias razões cada vez mais simples, que são regulatórias e estatutárias".
Os sauditas possuem, hoje, 9,8% do banco suíço. "Se passarmos de 10%, uma série de novas regras entra em vigor", alegou.
Os sauditas se tornaram os maiores acionistas da CS durante um aumento de capital efetuado em novembro para financiar uma grande reestruturação da entidade.
O banco está em dificuldades há dois anos, após a falência da empresa financeira britânica Greensill, que marcou o início de uma série de escândalos que enfraqueceram o CS.
Alguns acionistas acabaram jogando a toalha, como o fundo de investimentos americano Harris Associates, um de seus apoios mais importantes e que revelou, na semana passada, ter vendido toda sua participação no Credit Suisse.
"Mas levará tempo para recuperar totalmente a confiança", acrescentou.
O colapso da ação do Credit Suisse acelerou na quarta-feira após a recusa de seu principal acionista, o Banco Nacional Saudita, a ampliar sua participação no capital.
Questionado pela 'Bloomberg TV' se o banco saudita poderia investir mais dinheiro, seu presidente, Amar Al Judairy, disse: "A resposta é absolutamente não, por várias razões cada vez mais simples, que são regulatórias e estatutárias".
Os sauditas possuem, hoje, 9,8% do banco suíço. "Se passarmos de 10%, uma série de novas regras entra em vigor", alegou.
Os sauditas se tornaram os maiores acionistas da CS durante um aumento de capital efetuado em novembro para financiar uma grande reestruturação da entidade.
O banco está em dificuldades há dois anos, após a falência da empresa financeira britânica Greensill, que marcou o início de uma série de escândalos que enfraqueceram o CS.
Alguns acionistas acabaram jogando a toalha, como o fundo de investimentos americano Harris Associates, um de seus apoios mais importantes e que revelou, na semana passada, ter vendido toda sua participação no Credit Suisse.
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