Devido à repressão no Irã, ativistas têm se mobilizado ao redor do mundo, como em Nova York, para denunciar crimes do regime iranianoAFP
Publicado 20/03/2023 11:47
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Genebra - Relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU), Javaid Rehman denunciou, nesta segunda-feira, 20, o Irã por possíveis "crimes contra a humanidade", especialmente após a morte de Mahsa Amini, que foi presa por violar o código de vestimenta no país.
As violações dos direitos humanos no Irã são "as mais graves" no país nas últimas quatro décadas, disse Javaid Rehman, na apresentação de um novo relatório ao Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU em Genebra.
"A magnitude e a gravidade das violações cometidas pelas autoridades iranianas, especialmente após a morte de Amini, apontam para possíveis crimes internacionais cometidos, em particular crimes contra a humanidade, como assassinato, prisão, desaparecimento forçado, tortura, estupro, violência sexual e perseguições", acrescentou.
O Irã está imerso em um movimento de protestos desde a morte, em 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos. Segundo as autoridades, centenas de pessoas, incluindo forças de segurança, morreram no contexto destas manifestações.
Em seu relatório, este relator, que é comissionado pelo CDH, mas não fala em nome da ONU, destacou que a morte de Amini "não é um incidente isolado, mas o mais recente de uma longa série de atos de extrema violência cometidos pelo autoridades iranianas contra mulheres e meninas".
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