Presidente venezuelano, Nicolás MaduroYuri Cortez/AFP
Publicado 22/03/2023 10:06 | Atualizado 22/03/2023 10:37
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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, designou na última terça-feira, 21, o atual presidente da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), Pedro Tellechea, como o novo ministro do Petróleo após a renúncia do influente Tareck El Aissami, afetado por uma campanha anticorrupção na indústria.

"Estive reunido com o presidente da PDVSA, engenheiro Pedro Tellechea. Eu o designei como novo ministro do Petróleo, no marco do processo de transformação que vive a indústria. Máxima eficiência companheiro", anunciou Maduro.

A nomeação de Tellechea, coronel do exército, acontece durante "uma operação especial contra a corrupção" que até terça-feira havia provocado a detenção de 19 funcionários de alto escalão, além de vários de seus 'laranjas'.

Tellechea, engenheiro mecânico com formação em Finanças Públicas, substituiu Asdrúbal Chávez, primo do falecido ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013), na PDVSA em janeiro deste ano. Antes, ele comandou a subsidiária petroquímica da estatal, a Pequiven, e a estatal Indústria Venezuelana do Alumínio (Venalum).

Vários detidos, segundo a imprensa, têm vínculos com El Aissami, incluindo o deputado Hugbel Roa, criador do Petro, uma criptomoeda estatal respaldada pelas vastas reservas de petróleo do país e que era titular da Superintendência Venezuelana de Criptoativos (SUNACRIP). .

A Assembleia Nacional, de maioria governista, retirou a imunidade de Roa, que também está vinculado a uma rede de prostituição que recrutava jovens para encontros com políticos e empresários, disseram à AFP fontes ligadas às investigações.

El Aissami, alvo de sanções do governo dos Estados Unidos, ocupou cargos importantes nas últimas duas décadas e já foi vice-presidente do país, além de ministro do Interior e da Indústria.

O procurador Tarek William Saab afirmou que desde 2017 o Ministério Público já investigou 27 "tramas de corrupção" na PDVSA, com mais de 200 detidos.

Várias investigações apontam para Rafael Ramírez, um dos homens de confiança do falecido Chávez, acusado de desvio de fundos durante sua gestão como ministro do Petróleo (2002-2014) e presidente da PDVSA (2004-2014). Ramírez está foragido na Itália e as autoridades venezuelanas solicitaram sua extradição, sem sucesso.
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