Publicado 30/03/2023 16:27 | Atualizado 30/03/2023 17:48
O estado de saúde do papa Francisco, internado desde quarta-feira em Roma, registrou "uma clara melhora" após "tratamento com antibióticos" contra uma "bronquite infecciosa", informou o Vaticano nesta quinta-feira, 30.
“No quadro dos controles clínicos, foi detectada uma bronquite infecciosa, que exigiu a administração de tratamento antibiótico à base de infusão, o qual produziu os efeitos esperados, com uma melhora clara do estado de saúde” do chefe da Igreja Católica, 86, indica o segundo relatório diário da assessoria de imprensa da Santa Sé, acrescentando que o pontífice pode receber alta nos próximos dias.
O porta-voz do pontífice, Matteo Bruni, havia informado mais cedo sobre a melhora progressiva do quadro clínico de Francisco, que havia lido "alguns jornais e voltado ao trabalho", segundo ele.
"Estou comovido com as muitas mensagens recebidas nestas horas e expresso a todos minha gratidão pela proximidade e oração", tuitou o pontífice argentino, que está internado no 10º andar do hospital romano Gemelli, reservado para os papas, onde por sete vezes esteve internado João Paulo II, que morreu em 2005.
O Vaticano se prepara para uma Semana Santa especial, ante a possibilidade de Francisco ser impedido de participar e presidir as cerimônias litúrgicas. Uma ausência do pontífice seria algo inédito na semana mais solene do cristianismo.
Fontes do Vaticano confirmaram que cardeais irão celebrar cerimônias como a Via Crúcis da Sexta-Feira Santa no Coliseu de Roma, mas não se sabe se o Papa poderá presidi-las, uma vez que algumas são realizadas ao ar livre.
"Espero que se recupere rapidamente e que possa celebrar a Páscoa aqui de São Pedro", disse à reportagem Tina Montalbano, 60, guia de turismo italiana, enquanto caminhava pela praça famosa.
Francisco tem uma viagem programada para a Hungria no fim de abril, para assistir ao encerramento do Encontro Eucarístico Internacional de Budapeste.
Renúncia não foi descartada
“No quadro dos controles clínicos, foi detectada uma bronquite infecciosa, que exigiu a administração de tratamento antibiótico à base de infusão, o qual produziu os efeitos esperados, com uma melhora clara do estado de saúde” do chefe da Igreja Católica, 86, indica o segundo relatório diário da assessoria de imprensa da Santa Sé, acrescentando que o pontífice pode receber alta nos próximos dias.
O porta-voz do pontífice, Matteo Bruni, havia informado mais cedo sobre a melhora progressiva do quadro clínico de Francisco, que havia lido "alguns jornais e voltado ao trabalho", segundo ele.
"Estou comovido com as muitas mensagens recebidas nestas horas e expresso a todos minha gratidão pela proximidade e oração", tuitou o pontífice argentino, que está internado no 10º andar do hospital romano Gemelli, reservado para os papas, onde por sete vezes esteve internado João Paulo II, que morreu em 2005.
O Vaticano se prepara para uma Semana Santa especial, ante a possibilidade de Francisco ser impedido de participar e presidir as cerimônias litúrgicas. Uma ausência do pontífice seria algo inédito na semana mais solene do cristianismo.
Fontes do Vaticano confirmaram que cardeais irão celebrar cerimônias como a Via Crúcis da Sexta-Feira Santa no Coliseu de Roma, mas não se sabe se o Papa poderá presidi-las, uma vez que algumas são realizadas ao ar livre.
"Espero que se recupere rapidamente e que possa celebrar a Páscoa aqui de São Pedro", disse à reportagem Tina Montalbano, 60, guia de turismo italiana, enquanto caminhava pela praça famosa.
Francisco tem uma viagem programada para a Hungria no fim de abril, para assistir ao encerramento do Encontro Eucarístico Internacional de Budapeste.
Renúncia não foi descartada
A internação do Papa surpreendeu a opinião pública, uma vez que ele participou normalmente nesta quarta-feira, 29, da tradicional audiência geral na Praça de São Pedro, durante a qual apareceu sorridente e saudou os fiéis. Subitamente, Francisco sentiu "uma dor forte no peito", o que levou seus assistentes a chamar uma ambulância, publicou o jornal "La Stampa".
Personalidades e líderes políticos de todo o mundo enviaram mensagens de pronta recuperação, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que pediu orações pela saúde do Papa.
Francisco, que usa uma cadeira de rodas desde maio de 2022, devido a artrite em um dos joelhos, passou por uma cirurgia no cólon em julho de 2021 no mesmo hospital de Roma. Segundo ele, a operação deixou "sequelas" devido à anestesia, e, por isso, ele descartou se submeter a uma nova intervenção no joelho.
Os problemas médicos o obrigaram a cancelar várias audiências em 2022 e a adiar uma viagem à África, o que levantou questionamentos sobre uma possível renúncia.
Em entrevistas nos últimos meses, o Papa falou sobre a possibilidade de renunciar, assim como fez em 2013 seu antecessor, Bento XVI.
"É verdade que escrevi a minha renúncia dois meses depois de minha eleição (em março de 2013)... Fiz isso para o caso de ter algum problema de saúde que me impeça de exercer meu ministério", revelou Francisco, esclarecendo que não pensou concretamente em deixar o cargo.
Em julho passado, o Papa reconheceu que já não podia viajar no ritmo de antes, e declarou que poderia optar por um afastamento.
Há um mês, voltou a falar sobre o tema, para explicar que a renúncia de um Papa "não deve virar moda", e assinalou que esta ideia não estava "em sua agenda no momento".
O pontífice é atendido com frequência por uma equipe de médicos e enfermeiros, seja no Vaticano, seja durante suas viagens. A medida se faz necessária, devido à sua idade e ao seu histórico médico. Aos 21 anos, Francisco esteve à beira da morte por uma pleurisia e sofreu uma retira parcial de um dos pulmões.
Personalidades e líderes políticos de todo o mundo enviaram mensagens de pronta recuperação, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que pediu orações pela saúde do Papa.
Francisco, que usa uma cadeira de rodas desde maio de 2022, devido a artrite em um dos joelhos, passou por uma cirurgia no cólon em julho de 2021 no mesmo hospital de Roma. Segundo ele, a operação deixou "sequelas" devido à anestesia, e, por isso, ele descartou se submeter a uma nova intervenção no joelho.
Os problemas médicos o obrigaram a cancelar várias audiências em 2022 e a adiar uma viagem à África, o que levantou questionamentos sobre uma possível renúncia.
Em entrevistas nos últimos meses, o Papa falou sobre a possibilidade de renunciar, assim como fez em 2013 seu antecessor, Bento XVI.
"É verdade que escrevi a minha renúncia dois meses depois de minha eleição (em março de 2013)... Fiz isso para o caso de ter algum problema de saúde que me impeça de exercer meu ministério", revelou Francisco, esclarecendo que não pensou concretamente em deixar o cargo.
Em julho passado, o Papa reconheceu que já não podia viajar no ritmo de antes, e declarou que poderia optar por um afastamento.
Há um mês, voltou a falar sobre o tema, para explicar que a renúncia de um Papa "não deve virar moda", e assinalou que esta ideia não estava "em sua agenda no momento".
O pontífice é atendido com frequência por uma equipe de médicos e enfermeiros, seja no Vaticano, seja durante suas viagens. A medida se faz necessária, devido à sua idade e ao seu histórico médico. Aos 21 anos, Francisco esteve à beira da morte por uma pleurisia e sofreu uma retira parcial de um dos pulmões.
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