Advogado diz que Trump está com 'raiva' e que 'não aceitará acordo judicial'

Nova York - Joe Tacopina, advogado de Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 31, que o ex-presidente dos Estados Unidos não aceitará acordo judicial após provável indiciamento no caso que investiga o pagamento de suborno a atriz pornô Stormy Daniels. Trump nega as acusações de que teria tentado ocultar a relação extraconjugal às vésperas da campanha presidencial de 2016. De acordo com informações da 'NBC News', o empresário responderá a 30 acusações, ainda não reveladas.

Em entrevista concedida à 'NBC News', o jurista afirmou ainda que "não há crime" na denúncia conta os ex-ex-presidente americano no caso investigado pela procuradoria do estado de Nova York.

"O presidente Trump não aceitará um acordo judicial neste caso. Isso não vai acontecer... Não há crime. Não sei se isso vai a julgamento porque temos desafios legais substanciais", disse Tacopina.

Joe pontuou também que Trump não vai "se esconder em Mar-a-Lago", e que a sua equipe jurídica ainda não sabe ao certo a quantidade de acusações que o ex-presidente norte-americano enfrenta atualmente.

Tacopina ressaltou que Donald Trump não está "preocupado" com a denúncia. Ele enfatizou que o sentimento do ex-mandatário é de "raiva" e que ele se sente perseguido politicamente.

"Ele não está nem um pouco preocupado. Quero dizer, ele está chateado, com raiva. Ele está sendo perseguido politicamente. Isso está claro para muitas pessoas - não apenas na direita, mas na esquerda - e nós, como americanos, honestamente deveríamos estar preocupados. Hoje é Donald Trump, amanhã, vai ser um democrata. No dia seguinte pode ser seu irmão, ou seu filho, sua filha", exclamou.

"O que aconteceu aqui é um caso que não teria sido movido contra outro indivíduo neste país se seu nome não fosse Donald Trump, perseguido por um promotor que obviamente tem opiniões políticas muito diversas do presidente. Então, é um caso muito preocupante porque não há crime aqui", disse.

Trump, que é pré-candidato nas eleições de 2024, pode ter implicações políticas no Partido Republicano, no qual ele é favorito nas primárias contra o governador da Flórida, Ron DeSantis.