Publicado 01/04/2023 20:05
Milhares de israelenses foram às ruas de Tel Aviv neste sábado (1º) pela 13ª semana consecutiva para protestar contra o projeto do governo de reforma judicial, apesar da "pausa" no processo legislativo decidida pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Desde o anúncio da mudança legislativa no início de janeiro, dezenas de milhares de cidadãos foram às ruas todas as semanas para denunciar o projeto de lei e protestar contra o governo de Netanyahu, um dos mais à direita da história de Israel.
O primeiro-ministro anunciou em 27 de março uma "pausa" legislativa para dar uma "oportunidade (…) ao diálogo", após a intensificação dos protestos, o início de uma greve geral e o surgimento de tensões em meio à maioria parlamentar em função da destituição do ministro da Defesa, Yoav Galant, que havia sugerido a suspensão temporária da reforma.
Em 28 de março, ocorreu uma reunião entre representantes da maioria e dois dos principais partidos da oposição, mas muitos analistas estão céticos quanto às chances de um acordo entre os lados.
O governo de Netanyahu defende que a reforma servirá para reequilibrar os poderes ao reduzir as prerrogativas da Suprema Corte, que o Executivo considera politizada, a favor do Parlamento.
Seus detratores acreditam que ela põe em risco os princípios democráticos em vigor em Israel ao dar muito poder à maioria parlamentar, o que beneficiaria diretamente o primeiro-ministro.
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