A brasileira Emmily Rodrigues e o argentino Francisco Sáenz Valiente Reprodução/Instagram
Publicado 01/04/2023 20:47
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Buenos Aires - Moradores relataram à imprensa argentina que o dono do apartamento onde a brasileira Emmily Rodrigues, de 26 anos, passou as últimas horas de vida, costumava usar o imóvel para festas "privadas com mulheres".
Foi supostamente em um desses eventos que a jovem estava antes de cair do sexto andar do edifício. As circunstâncias da queda ainda não foram esclarecidas e o proprietário do imóvel, Francisco Sáenz Valiente, de 52 anos, foi preso, se tornando o principal investigado na morte da brasileira.
De acordo com a agência de notícias Telám, os vizinhos relataram ainda que as tais festas ocorriam "em qualquer dia da semana". Aquela teria sido a primeira vez que Emmily esteve no imóvel, segundo a imprensa argentina.
"Ele sempre traz mulheres. Sempre. A qualquer hora, dia ou noite, não importa. Não é a primeira vez", disse uma moradora de forma anônima ao jornal argentino Clarín.
Os investigadores encontraram garrafas de bebidas alcoólicas no interior do imóvel. Não havia sinais de drogas ou substâncias ilícitas no apartamento que tinha diversos quartos onde, em todos, foram encontradas roupas íntimas femininas, segundo as fontes policiais.
As camas também estavam dessarumadas como se tivessem sido usadas recentemente, de acordo com a agência de notícias Telám.
"Eram frequentes as festas e sempre com música e gritaria, o vizinho é conhecido por essas 'noitadinhas', gosta de se divertir", relataram os moradores da vizinhança ao jornal argentino Clarín.
"Ninguém quer falar, porque ele é de família com dinheiro, muito dinheiro. Ninguém vai se meter a dar opinião", declarou um vizinho ao Clarín. "Ele sempre saía para a rua camuflado, com um chapéu preto, por isso muitos dizem que não o conhecem", relatou outro morador.
Entenda o caso 
O corpo de Emmily Rodrigues foi encontrado na última quinta-feira (29), pela manhã, no pátio do prédio. A jovem havia chegado ao edifício na rua Libertad, no bairro portenho do Retiro, horas antes, segundo o jornal La Nácion.
De acordo com o relato de testemunhas à polícia, antes de a brasileira cair foram ouvidos gritos vindos do local - de supostamente uma briga entre Emmily e Francisco. A polícia "deve apurar se a mulher se jogou ou foi jogada e, se o fez, em que contexto ela tomou essa decisão", segundo uma fonte policial relatou à agência de notícias Telám.
"Sáenz Valiente disse que a jovem de 26 anos, que ele não identificou, se alterou e se aproximou de uma janela voltada para a rua, mas como não conseguiu abri-la, foi para outro área e pulou de outra janela que tem vista para o vão do prédio", afirmaram as fontes policiais ao jornal argentino La Nacion sobre o depoimento do empresário.
Uma segunda mulher, a brasileira Juliana Mourão, de 37 anos, também estava no apartamento. Ela afirmou aos policiais que Emily e o empresário discutiram, e que jovem morta chegou a agredir Valiente fisicamente, antes de cair da janela.
A Telám relatou que Juliana tinha uma série de ferimentos nas mãos e arranhões, diferente de Valiente que não apresentava sinais aparantes de ter se envolvido em uma briga recente no momento do depoimento.
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