Publicado 03/04/2023 17:20
Cientistas registraram imagens de um peixe-caracol, em uma profundidade de 8.336 metros abaixo do fundo do mar, em um abismo no norte do Oceano Pacífico. O vídeo do jovem animal é considerado como o mais profundo já filmado por cientistas em sondagem.
As imagens foram capturadas pela Universidade da Austrália Ocidental e da Universidade de Ciência e Tecnologia Marinha de Tóquio, e foram divulgadas no último domingo (02). Elas havia sido gravadas em setembro por robôs marinhos em trincheiras profundas do Japão.
Além do peixe-caracol mais profundo já visto, o grupo conseguiu capturar fisicamente dois outros espécimes em uma profundidade de 8.022 metros, sendo estabelecido o recorde de captura mais profunda já feita. Anteriormente, nunca haviam conseguido coletar peixes em uma profundidade acima de 8.000 metros.
Para o biólogo marinho e líder da expedição, Alan Jamieson, fundador do Minderoo-UWA Deep Sea Research Center, o que "é significativo é que mostra até que ponto um determinado tipo de peixe descerá no oceano".
Os estudos nas trincheiras do Japão já se estendem por cerca de 10 anos, e visa analisar as populações de peixes mais profundas do mundo. O peixe em questão capturada na filmagem faz parte da família Liparidae e é um ser vivo que consegue sobreviver tanto em regiões mais rasas, quanto em grandes profundidades, segundo Jamieson.
A pesquisa com os robôs duraram dois meses no ano passado, e contou com três "landers", que são robôs marinhos automáticos equipados com câmeras de alta resolução. Eles foram lançados em três localidades —nas trincheiras do Japão, Izu-Ogasawara e Ryukyu.
A imagem vistas na trincheira de Izu-Ogasawara, mostram o peixe-caracol pairando calmamente ao lado de crustáceos em uma parte profunda. O cientista classifica o animal como um peixe juvenil, e explica que a espécie, quando mais novos, costuma ficar mais na profundeza para evitar predadores.
Para o biólogo marinho e líder da expedição, Alan Jamieson, fundador do Minderoo-UWA Deep Sea Research Center, o que "é significativo é que mostra até que ponto um determinado tipo de peixe descerá no oceano".
Os estudos nas trincheiras do Japão já se estendem por cerca de 10 anos, e visa analisar as populações de peixes mais profundas do mundo. O peixe em questão capturada na filmagem faz parte da família Liparidae e é um ser vivo que consegue sobreviver tanto em regiões mais rasas, quanto em grandes profundidades, segundo Jamieson.
A pesquisa com os robôs duraram dois meses no ano passado, e contou com três "landers", que são robôs marinhos automáticos equipados com câmeras de alta resolução. Eles foram lançados em três localidades —nas trincheiras do Japão, Izu-Ogasawara e Ryukyu.
A imagem vistas na trincheira de Izu-Ogasawara, mostram o peixe-caracol pairando calmamente ao lado de crustáceos em uma parte profunda. O cientista classifica o animal como um peixe juvenil, e explica que a espécie, quando mais novos, costuma ficar mais na profundeza para evitar predadores.
Já em outro vídeo, que foi filmado entre 7.500 e 8.200 metros, foi possível uma colônia de peixes e crustáceos comendo as iscas presas ao robô. Essas imagens são um raro vislumbre das características únicas que fazem com que a espécie sobreviva em ambientes inóspitos.
Algumas características, como os olhos minúsculos, corpo translúcido e a falta de bexiga natatória, são as que auxiliam para que a espécie consiga sobreviver neste ambiente, Jamieson.
Segundo o cientista, o Oceano Pacífico é particularmente propício para que tais espécies vivam, muito pela corrente quente do Sul, o que incentiva que tais criaturas marinhas migrem para o fundo, servindo como alimento para os animais que habitam originalmente as profundezas.
Algumas características, como os olhos minúsculos, corpo translúcido e a falta de bexiga natatória, são as que auxiliam para que a espécie consiga sobreviver neste ambiente, Jamieson.
Segundo o cientista, o Oceano Pacífico é particularmente propício para que tais espécies vivam, muito pela corrente quente do Sul, o que incentiva que tais criaturas marinhas migrem para o fundo, servindo como alimento para os animais que habitam originalmente as profundezas.
É de vontade dos cientistas de entender mais sobre tais criaturas que vivem em localidades de extrema profundidade. Entretanto, o a restrição orçamentária é um problema. Jamieson diz que cada módulo de pouso custa US$ 200.000 para montar e operar. "Os desafios são que a tecnologia tem sido cara e os cientistas não têm muito dinheiro", finaliza.
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