Publicado 08/04/2023 11:47 | Atualizado 08/04/2023 11:48
Dezenas de meninas foram hospitalizadas neste sábado, 8, no Irã, país que é cenário há mais de quatro meses de casos misteriosos de envenenamentos de estudantes, informou a imprensa local.
Desde o final de novembro, muitas escolas, em sua maioria para meninas, foram afetadas por intoxicações repentinas provocadas por gases ou substâncias tóxicas, que provocam mal-estar e desmaios, às vezes seguidos por internações.
O diretor da Comissão Nacional para Apuração dos Fatos, deputado Hamidreza Kazemi, anunciou que o relatório final do organismo será publicado dentro de duas semanas.
"Ao menos 60 estudantes foram envenenadas (neste sábado) em uma escola para meninas de Haftkel", na província de Khuzestan (sudoeste), informou a agência de notícias Iribnews, que citou um funcionário do governo como fonte.
Outras meninas também foram intoxicadas em cinco escolas de Ardabil, na região noroeste. Elas mostraram "sintomas de ansiedade, dificuldade para respirar e dor de cabeça", acrescentou a mesma fonte.
Em Urmia, capital da província do Azerbaijão Ocidental (noroeste), "um número indeterminado" de estudantes de uma escola do ensino básico também foi afetado "após uma projeção de gás", afirmou a agência Ilna, sem revelar mais detalhes.
Um balanço oficial divulgado em 7 de março citou "mais de 5.000 estudantes" intoxicadas em mais de 230 estabelecimentos localizados em 25 províncias — o país tem 31 províncias.
As intoxicações sofreram uma pausa no início de março, após o anúncio de mais de 100 detenções, mas recomeçaram três semanas depois.
O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, solicitou em 6 de março "sentenças severas", incluindo a pena de morte, para os responsáveis pelos envenenamentos.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.