Secretário-geral da ONU, António GuterresAFP
Publicado 11/04/2023 10:23
Publicidade
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu nesta terça-feira, 11, um "grande apoio internacional" para a Somália durante uma visita ao país africano, que é vítima de uma rebelião islâmica e de uma seca histórica.
"Estou aqui para soar o alarme sobre a necessidade de grande apoio internacional", disse Guterres, que citou os problemas humanitários e de segurança que a Somália enfrenta.
Assim como os vizinhos Quênia e Etiópia, a Somália enfrenta há vários anos grave seca, que dizimou plantações e o gado. Ao menos 1,7 milhão de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas para procurar água e alimentos.
A ONU fez um apelo para arrecadar 2,6 bilhões de dólares (cerca de 13,2 bilhões de reais) em ajuda humanitária para a Somália.
"Peço aos doadores e à comunidade internacional que aumentem o apoio para financiar em caráter de emergência o plano de resposta humanitária de 2023, que até o momento foi financiado em apenas 15%", afirmou o secretário-geral.
Metade da população do país precisará de ajuda humanitária este ano, com 8,3 milhões de pessoas afetadas pela seca, de acordo com as Nações Unidas.
Ao comentar a situação de segurança, Guterres destacou que conversou com o presidente Hassan Sheikh Mohamud sobre os "esforços do governo para lutar contra o terrorismo e promover a paz e a segurança".
A Somália, um dos países mais pobres do planeta, enfrenta há mais de 15 anos uma insurreição de radicais islâmicos shebab, grupo vinculado à Al-Qaeda.
Hassan Sheikh Mohamud, que retornou ao poder em maio de 2022, prometeu no ano passado aos radicais islâmicos uma "guerra total" e enviou tropas em setembro para apoiar uma insurreição anti-shebab, iniciada por milícias de clãs locais no centro do país.
Guterres, que desembarcou nesta terça-feira em Mogadíscio para uma rápida "visita de solidariedade", deve se reunir com líderes políticos e visitar um campo de deslocados, segundo a imprensa local.
Publicidade
Leia mais