Publicado 14/04/2023 19:33
A declaração conjunta emitida pelos governos da China e do Brasil, nesta sexta-feira, 14, por ocasião da visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático, inclui a criação de uma comissão sobre meio ambiente e mudanças climáticas. A viagem de Lula terminou sexta com a assinatura de 15 acordos de cooperação entre os dois países.
"Brasil e China decidiram fortalecer sua cooperação na área de proteção ambiental, combate à mudança do clima e à perda da biodiversidade, promoção do desenvolvimento sustentável e maneiras de agilizar a transição rumo a uma economia de baixo carbono", diz um trecho do documento divulgado.
Para coordenar essas ações, será criada uma subcomissão de meio ambiente no âmbito da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), que é o principal mecanismo de cooperação entre os dois países. As duas nações comprometeram-se a continuar dialogando posições sobre temas das mudanças climáticas e ambientais de forma bilateral em instâncias específicas, como o grupo formado entre Brasil, África do Sul, Índia e China (Basic) e o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics).
A China também anunciou apoio e parabenizou a candidatura do Brasil para sediar Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) de 2025, em Belém.
Governança global
Para coordenar essas ações, será criada uma subcomissão de meio ambiente no âmbito da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), que é o principal mecanismo de cooperação entre os dois países. As duas nações comprometeram-se a continuar dialogando posições sobre temas das mudanças climáticas e ambientais de forma bilateral em instâncias específicas, como o grupo formado entre Brasil, África do Sul, Índia e China (Basic) e o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics).
A China também anunciou apoio e parabenizou a candidatura do Brasil para sediar Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) de 2025, em Belém.
Governança global
A declaração conjunta possui quase 50 pontos e destaca o reconhecimento de Brasil e China da autoridade da Organização das Nações Unidas (ONU) e "seu papel central na manutenção da paz e da segurança internacionais e na promoção do desenvolvimento", mas defende reformas na estrutura da governança global, incluindo o Conselho de Segurança da ONU. O objetivo é permitir um papel maior desempenhado pelos países em desenvolvimento.
"A parte chinesa atribui grande importância à influência e ao papel que o Brasil exerce em assuntos regionais e internacionais, compreende e apoia a aspiração do Brasil de desempenhar papel ainda mais proeminente na ONU", diz a declaração.
Guerra
"A parte chinesa atribui grande importância à influência e ao papel que o Brasil exerce em assuntos regionais e internacionais, compreende e apoia a aspiração do Brasil de desempenhar papel ainda mais proeminente na ONU", diz a declaração.
Guerra
Sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, havia uma expectativa de que Lula e Xi Jinping, o líder chinês, pudessem avançar na apresentação de uma proposta para pôr fim ao conflito. O texto divulgado ao final da visita reforça a necessidade de diálogo e pede envolvimento de mais países para uma solução negociada.
"O Brasil recebeu positivamente a proposta chinesa que oferece reflexões conducentes à busca de uma saída pacífica para a crise [guerra na Ucrânia]. A China recebeu positivamente os esforços do Brasil em prol da paz. As partes apelaram a que mais países desempenhem papel construtivo para a promoção da solução política da crise na Ucrânia. As partes decidiram manter os contatos sobre o assunto".
Memorandos
"O Brasil recebeu positivamente a proposta chinesa que oferece reflexões conducentes à busca de uma saída pacífica para a crise [guerra na Ucrânia]. A China recebeu positivamente os esforços do Brasil em prol da paz. As partes apelaram a que mais países desempenhem papel construtivo para a promoção da solução política da crise na Ucrânia. As partes decidiram manter os contatos sobre o assunto".
Memorandos
Entre os memorandos assinados pelos governos de China e Brasil está o que prevê o fortalecimento do comércio em moedas locais (yuan e real). Os dois países também assinaram uma série de documentos visando uma "nova industrialização" no Brasil, que tenha “bases sustentáveis, com inovação tecnológica e investimentos em setores estratégicos”.
A Polícia Federal (PF) e Ministério de Segurança Pública da China assinaram uma carta de intenções para fortalecer a cooperação policial entre os dois países. O ato prevê a troca de informações, a realização de investigações e atividades operacionais conjuntas, bem como intercâmbio de policiais e servidores administrativos.
O pacote de acordos internacionais inclui ainda uma parceria entre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a agência estatal de notícias Xinhua para a troca de conteúdos e intercâmbio profissional.
No setor agropecuário, que envolve a principal relação comercial entre Brasil e China, foi assinado pelos governos um protocolo sobre requisitos sanitários e de quarentena que devem ser seguidos por estabelecimentos brasileiros na produção de proteína processada de animais terrestres. Com isso, o país asiático abre um novo mercado para exportação do produto brasileiro.
A Polícia Federal (PF) e Ministério de Segurança Pública da China assinaram uma carta de intenções para fortalecer a cooperação policial entre os dois países. O ato prevê a troca de informações, a realização de investigações e atividades operacionais conjuntas, bem como intercâmbio de policiais e servidores administrativos.
O pacote de acordos internacionais inclui ainda uma parceria entre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a agência estatal de notícias Xinhua para a troca de conteúdos e intercâmbio profissional.
No setor agropecuário, que envolve a principal relação comercial entre Brasil e China, foi assinado pelos governos um protocolo sobre requisitos sanitários e de quarentena que devem ser seguidos por estabelecimentos brasileiros na produção de proteína processada de animais terrestres. Com isso, o país asiático abre um novo mercado para exportação do produto brasileiro.
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