Ralph Yarl foi baleado na cabeça após tocar a campainha da casa erradaReprodução/redes sociais
Publicado 17/04/2023 18:27 | Atualizado 18/04/2023 08:36
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Nova York - Um adolescente negro de 16 anos foi baleado na cabeça após tocar a campainha da casa errada na cidade de Kansas City, localizada no estado de Missouri, nos Estados Unidos. O caso foi registrado na última quinta-feira (13).

O jovem, identificado como Ralph Yarl, tinha ido buscar os seus irmãos mais novos na casa de um colega, quando confundiu o endereço e tocou na casa errada. Assim que o dono da residência se deparou com o garoto, disparou um tiro na sua cabeça.
De acordo com Stacey Graves, chefe do departamento de polícia de Kansas City, o homem que atirou em Ralph foi levado sob custódia na própria quinta-feira e ficou detido por 24 horas. Ao vasculhar a residência do atirador, foi encontrada a arma de fogo que teria sido utilizada para realizar os disparos.
A lei aplicada no Missouri aponta que o suspeito deve ficar preso por 24 horas, mas que ele pode ser liberado enquanto há uma investigação criminal mais aprofundada, que contaria, por exemplo, com um depoimento da vítima. Devido seus ferimentos, Yarl ainda não foi ouvido pelas autoridades. Ele está internado e encontra-se estável.

O advogado Lee Merrit, especializado em direitos civis e que está representando o jovem e sua família nesta caso, emitiu um comunicado onde expressa a sua indignação com a liberação do atirador.
"Não pode haver desculpa para a libertação deste suspeito armado e perigoso depois de admitir ter atirado em um adolescente desarmado, não ameaçador e indefeso que tocou a campainha!", escreveu.

"Exigimos uma ação rápida dos promotores de Clay Country e das autoridades policiais para identificar, prender e processar em toda a extensão da lei o homem responsável por este tiroteio horrendo e injustificável", complementou.
Uma manifestação com dezenas de pessoas foi realizada no último domingo (16) no bairro onde Ralph foi cruelmente baleado. “O que queremos? Justiça! Quando nós queremos isso? Agora!", diziam os protestantes enquanto caminhavam na direção da casa onde ocorreu o tiroteio.
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