Acusado de assédio, Dominic Raab renunciouRedes sociais/Reprodução
Publicado 21/04/2023 15:59 | Atualizado 21/04/2023 16:00
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Nesta sexta-feira, 21, o vice-primeiro-ministro do Reino Unido , Dominic Raab, renunciou ao cargo no governo após uma investigação independente sobre denúncias de assédio moral dele contra funcionários.

Raab enviou carta de demissão ao primeiro-ministro Rishi Sunak, de quem era aliado próximo, justificando que estava "cumprindo sua palavra" caso denúncias surgissem contra ele. O documento foi enviado ao premiê antes que o relatório da investigação se tornasse público.
"Escrevo para renunciar ao seu governo", disse ele. "Solicitei essa investigação e prometi renunciar se apurasse fatos de assédio, quaisquer que fossem. Acho que é importante respeitar a minha palavra", continuou.

Na carta , ele ainda disse que a investigação fez duas descobertas de bullying e rejeitou as outras. Raab, no entanto, chamou as acusações de "falha" e afirmou que o inquérito "estabeleceu um precedente perigoso" ao "estabelecer o limite para o bullying tão baixo".
No cargo que Raab ocupava, ele não tinha poderes formais, mas substituía o primeiro-ministro caso ele estivesse ausente no parlamento ou incapacitado. Dominic Raab , porém, era um aliado político próximo de Sunak e ajudou a lançar a campanha dele para ser premiê no verão passado.

A renúncia de Raab acontece um dia após Sunak receber as conclusões sobre oito queixas formais de que o agora ex-vice-premiê havia abusado de funcionários em passagem anterior pelo cargo e enquanto era secretário de Relações Exteriores da Grã-Bretanha e secretário do Brexit .

Raab negou as acusações de que teria menosprezado e humilhado sua equipe e disse ter se "comportado profissionalmente o tempo todo", mas disse que renunciaria caso as queixas fossem confirmadas.

Conforme o porta-voz oficial do primeiro-ministro, Max Blain, Sunak recebeu o relatório com as denúncias na manhã dessa quinta-feira, 20, mas ainda não havia tomado nenhuma decisão em relação ao vice.

O caso se tornou um dilema para o premiê, que não sabia se demitia Raab e seria criticado por ter o escolhido, ou se o mantinha no cargo, mas também receberia críticas por parte da população por não cumprir sua promessa de restaurar a integridade conservadora.
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