Foi registrado um aumento dos barcos carregados com imigrantes do norte da África que tentam cruzar o MediterrâneoReprodução: redes sociais
Publicado 24/04/2023 15:32
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Mais de 20 pessoas estão desaparecidas após dois naufrágios registrados no litoral da Itália, indicou nesta segunda, 24, a agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Com a chegada da primavera e o bom tempo, foi registrado um aumento dos barcos carregados com imigrantes do norte da África que tentam cruzar o Mediterrâneo.
"Nossas condolências a quem perdeu os seus entes queridos no mar", escreveu a representante da Acnur na Itália, Chiara Cardoletti, no Twitter.
"É urgente que a situação na Tunísia seja estável para evitar que aumente o número de razões pelas quais as pessoas arriscam a própria vida e fujam por mar", pediu Cardoletti.
Aproximadamente, 36 pessoas sobreviveram ao primeiro naufrágio, segundo a Guarda Costeira italiana, que resgatou os corpos de 19 pessoas que morreram afogadas, precisou uma fonte das Nações Unidas. Pelo menos, três pessoas morreram no segundo naufrágio.
Entre os sobreviventes estão seis menores, que viajavam em uma embarcação de sete metros de comprimento que afundou em águas italianas e foram resgatados por um barco pesqueiro, segundo informa o jornal "La Repubblica".
Os resgatados são de Burkina Faso, Camarões, Guiné, Costa do Marfim e Sudão, e pagaram entre 500 e 600 euros (R$ 2790,00 e R$ 3348,00 em valores atuais), pela travessia, segundo o diário La Stampa.
Depois que melhorou o tempo no domingo, aumentou o número de embarcações que tentam chegar à ilha italiana da Lampedusa vindas da Tunísia.
No total, 1.094 pessoas se encontravam, nesta segunda, no centro de acolhimento da ilha, construído para acolher um pouco menos de 400 pessoas.
Segundo o Ministério do Interior, mais de 36 mil pessoas chegaram por mar à Itália neste ano, em comparação com as 9 mil no mesmo período do ano passado.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) registrou 537 mortes ou desaparecimentos no Mediterrâneo central — a travessia mais perigosa do mundo — desde o início do ano.
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