Publicado 28/04/2023 11:22 | Atualizado 28/04/2023 12:37
Vários ataques russos com mísseis e drones atingiram na madrugada desta sexta-feira, 28, várias cidades da Ucrânia e provocaram pelo menos 19 mortes, poucas horas antes de Kiev anunciar que os preparativos para sua contraofensiva "estão chegando ao fim".
"Os preparativos estão chegando ao fim", afirmou o ministro ucraniano da Defesa, Oleksiy Reznikov, em referência à contraofensiva aguardada há vários meses para tentar retomar territórios ocupados pela Rússia no leste e sul do país.
"O equipamento foi prometido, preparado e parcialmente entregue. Em um sentido amplo, estamos prontos", acrescentou em uma entrevista coletiva em Kiev, ao falar sobre o envio de material pelos países ocidentais, o que inclui tanques, blindados e munições. O ministro completou: "Quando existir a vontade de Deus, a meteorologia e a decisão dos comandantes, nós faremos".
Durante a madrugada, vários ataques em larga escala, os primeiros desde o início de março, atingiram várias cidades ucranianas.
"O terror russo deve ter uma resposta adequada da Ucrânia e do mundo. E isso vai acontecer", afirmou o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky. "Cada ataque deste tipo, cada ato maligno contra nosso país e nosso povo aproxima o Estado terrorista do fracasso e da punição", acrescentou o mandatário no Telegram.
O ministério da Defesa da Rússia afirmou que bombardeou "alvos militares na Ucrânia com armas de alta precisão". Na cidade ucraniana de Uman, uma localidade de 80.000 habitantes na região central do país, ao menos 17 pessoas morreram quando um míssil atingiu um prédio residencial, informou o governador regional, Igor Taburets.
"Quero ver meus filhos, vivos ou mortos", declarou à AFP Dmitri, um homem de 33 anos que mora no edifício atingido por um míssil.
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