presidente da Ucrânia, Volodymyr ZelenskyAFP
Publicado 09/05/2023 14:29
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou nesta terça-feira, 9, as restrições impostas por alguns países da União Europeia (UE) às exportações de cereais de seu país, devastado pela guerra, e afirmou que as medidas favorecem a Rússia.
"Qualquer restrição às nossas exportações é algo absolutamente inaceitável neste momento. Apenas reforçam as capacidades do agressor", declarou Zelensky durante uma entrevista coletiva em Kiev ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.
"Esperamos que a UE acabe com todas as restrições o mais rápido possível", acrescentou, antes de classificar os dispositivos como "medidas protecionistas severas, inclusive cruéis".
Em maio de 2022, pouco depois do início da guerra, os 27 países da UE suspenderam por um ano as tarifas alfandegárias para os produtos ucranianos e se organizaram para permitir a exportação dos grãos de Kiev, depois que a invasão russa paralisou os embarques no Mar Negro.
Como consequência foi registrado um rápido aumento da chegada de grãos aos países da UE vizinhos da Ucrânia, o que saturou os silos e provocou a queda dos preços, desestabilizando os produtores locais.
A Polônia e outros países europeus proibiram de maneira unilateral no mês passado a entrada de grãos e outros produtos agrícolas da Ucrânia, alegando que pretendia proteger seus produtores. A UE considerou a medida "inaceitável" no momento em que a Ucrânia enfrenta a guerra.
Apesar das tensões, a Comissão Europeia anunciou em meados de abril um acordo entre todas as partes para garantir o trânsito dos grãos ucranianos, em particular para terceiros países, o que é um tema crucial para Kiev.
Von der Leyen declarou nesta terça, ao lado de Zelensky, que a situação é "difícil". "A prioridade imediata agora é garantir que o trânsito de grãos a partir da Ucrânia para a UE aconteça de forma transparente e com o menor preço possível", afirmou a presidente da Comissão Europeia.
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