Casos de Mpox ainda afetam grupos específicosFiocruz/Direitos reservados
Publicado 11/05/2023 13:07
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, nesta quinta-feira (11), que a mpox, popularmente chamada de 'varíola dos macacos', não é mais considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Há menos de uma semana, a OMS também declarou o fim da emergência sanitária da Covid-19.
A mpox havia atingido o nível máximo de alerta em julho do ano passado. Entre julho e agosto a doença viveu seu auge no Brasil. A mudança de classificação aconteceu devido à queda nos casos.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, comunicou a decisão também em suas redes sociais. Ele comemora o 'rebaixamento' da doença.
''Ontem, o comitê de emergência do #mpox se reuniu e me recomendou que o surto não representasse mais uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Aceitei esse conselho e tenho o prazer de declarar que o mpox não é mais uma emergência de saúde global''.
Ele, no entanto, destacou que alguns grupos específicos, principalmente alguns países africanos e pessoas contaminadas pelo vírus HIV. Em novembro do ano passado, o Brasil chegou a 10 mil casos da doença, marca considerada preocupante àquela altura.
Vírus e sintomas
A varíola causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês) provoca uma doença mais branda do que a varíola smallpox, que foi erradicada na década de 1980.

Trata-se de uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.
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