Publicado 15/05/2023 12:08
A disputada eleição na Turquia entre o presidente Recep Tayyip Erdogan e o adversário Kemal Kilicdaroglu será decidida em um inédito segundo turno em 28 de maio. Nenhum dos candidatos obteve os 50% necessários para encerrar a eleição no primeiro turno.
Com 99,8% dos votos contados, Erdogan teve 49,5% dos votos, com Kilicdaroglu obtendo 45%, disse Ahmet Yener, chefe do Conselho Eleitoral Supremo, a repórteres. Os votos que restam ser contabilizados não podem alterar o resultado, segundo as agências de notícias turcas e a AP.
A votação do segundo turno de 28 de maio determinará se a Turquia, um país estrategicamente localizado entre o Ocidente e o Oriente, membro da Otan, mas cortejado pela Rússia e pela China, permanecerá sob o controle firme de Erdogan e seu governo cada vez mais autoritário, ou poderá embarcar em um curso mais democrático prometido por seu principal rival, Kemal Kilicdaroglu.
Nesta segunda-feira, 15, Kilicdaroglu acusou seus oponentes de obstruir a votação e tentar manipular os resultados e Erdogan expressando confiança de que venceria ainda no primeiro turno.
"Eles estão bloqueando o sistema com repetidas objeções", afirmou Kilicdaroglu em um discurso televisionado da sede de seu partido. "Há urnas que foram contestadas seis vezes. Há urnas que foram contestadas 11 vezes. Não vamos permitir que isso seja um fato consumado. Parem de brincar com o gerenciamento da votação", disse
Contagens de votos realizadas por duas agências de notícias no domingo - uma estatal e outra alinhada com a oposição - sugerem que a corrida continua acirrada, com alguns pontos porcentuais separando os candidatos e Erdogan na liderança.
Com 99,8% dos votos contados, Erdogan teve 49,5% dos votos, com Kilicdaroglu obtendo 45%, disse Ahmet Yener, chefe do Conselho Eleitoral Supremo, a repórteres. Os votos que restam ser contabilizados não podem alterar o resultado, segundo as agências de notícias turcas e a AP.
A votação do segundo turno de 28 de maio determinará se a Turquia, um país estrategicamente localizado entre o Ocidente e o Oriente, membro da Otan, mas cortejado pela Rússia e pela China, permanecerá sob o controle firme de Erdogan e seu governo cada vez mais autoritário, ou poderá embarcar em um curso mais democrático prometido por seu principal rival, Kemal Kilicdaroglu.
Nesta segunda-feira, 15, Kilicdaroglu acusou seus oponentes de obstruir a votação e tentar manipular os resultados e Erdogan expressando confiança de que venceria ainda no primeiro turno.
"Eles estão bloqueando o sistema com repetidas objeções", afirmou Kilicdaroglu em um discurso televisionado da sede de seu partido. "Há urnas que foram contestadas seis vezes. Há urnas que foram contestadas 11 vezes. Não vamos permitir que isso seja um fato consumado. Parem de brincar com o gerenciamento da votação", disse
Contagens de votos realizadas por duas agências de notícias no domingo - uma estatal e outra alinhada com a oposição - sugerem que a corrida continua acirrada, com alguns pontos porcentuais separando os candidatos e Erdogan na liderança.
Nenhum dos dois ultrapassou o limite de 50% exigido para reivindicar a vitória definitiva, de acordo com as contagens, resultados que, se confirmados pelo conselho eleitoral do país, levariam a um segundo turno em 28 de maio.
O desafio imposto pelo opositor Kemal Kilicdaroglu é o maior enfrentado pelo presidente turco em duas décadas no poder, em uma eleição equiparada a um plebiscito sobre o governo cada vez mais autocrático de Erdgan, com viés conservador e uma política econômica que gera inflação galopante.
O resultado ainda assim é melhor do que o esperado por Erdogan, após pesquisas nas últimas semanas indicarem que Kilicdaroglu poderia vencer ainda na primeira rodada. Com 99% das urnas apuradas, Erdogan saiu na frente com 49,51% dos votos, contra 44,88% de Kilicdaroglu, à frente de uma aliança de seis siglas oposicionistas, segundo Ahmet Yener, chefe da autoridade eleitoral do país.
Erdogan, de 69 anos, disse a seus apoiadores na madrugada de segunda-feira que ainda pode vencer. Ele disse, no entanto, que respeitaria a decisão do país se a corrida fosse para o segundo turno. Pesquisas de opinião antes da votação de domingo deram a Kilicdaroglu, candidato de uma aliança de seis partidos da oposição, uma ligeira vantagem sobre Erdogan, que governa a Turquia como primeiro-ministro ou presidente desde 2003.
O discurso de Erdogan enfatizou os temores da oposição de que o atual presidente, que controla as instituições estatais da Turquia e a maioria de seus meios de comunicação, usaria todas as ferramentas à sua disposição para permanecer no poder.
Erdogan, em um discurso para apoiadores em Ancara na madrugada de segunda-feira, apontou que os resultados da eleição não eram definitivos, mas que ele estava na liderança e esperava vencer no primeiro turno. Seja qual for o resultado, acrescentou: "Vamos respeitar a vontade nacional".
A eleição foi o teste mais difícil até agora para Erdogan, o político turco que há mais tempo governa o país, por duas décadas.
A corrida estava sendo observada de perto em todo o mundo. Kilicdaroglu prometeu conduzir a Turquia, membro da Otan, a uma nova era, revitalizando a democracia após anos de repressão do governo e renovando os laços com o Ocidente.
A campanha de Erdogan se concentrou nos avanços que ele disse que a Turquia conseguiu sob seu governo, como um país modernizado por megaprojetos como pontes e aeroportos e uma potência global independente que produzia suas próprias armas militares.
O desafio imposto pelo opositor Kemal Kilicdaroglu é o maior enfrentado pelo presidente turco em duas décadas no poder, em uma eleição equiparada a um plebiscito sobre o governo cada vez mais autocrático de Erdgan, com viés conservador e uma política econômica que gera inflação galopante.
O resultado ainda assim é melhor do que o esperado por Erdogan, após pesquisas nas últimas semanas indicarem que Kilicdaroglu poderia vencer ainda na primeira rodada. Com 99% das urnas apuradas, Erdogan saiu na frente com 49,51% dos votos, contra 44,88% de Kilicdaroglu, à frente de uma aliança de seis siglas oposicionistas, segundo Ahmet Yener, chefe da autoridade eleitoral do país.
Erdogan, de 69 anos, disse a seus apoiadores na madrugada de segunda-feira que ainda pode vencer. Ele disse, no entanto, que respeitaria a decisão do país se a corrida fosse para o segundo turno. Pesquisas de opinião antes da votação de domingo deram a Kilicdaroglu, candidato de uma aliança de seis partidos da oposição, uma ligeira vantagem sobre Erdogan, que governa a Turquia como primeiro-ministro ou presidente desde 2003.
O discurso de Erdogan enfatizou os temores da oposição de que o atual presidente, que controla as instituições estatais da Turquia e a maioria de seus meios de comunicação, usaria todas as ferramentas à sua disposição para permanecer no poder.
Erdogan, em um discurso para apoiadores em Ancara na madrugada de segunda-feira, apontou que os resultados da eleição não eram definitivos, mas que ele estava na liderança e esperava vencer no primeiro turno. Seja qual for o resultado, acrescentou: "Vamos respeitar a vontade nacional".
A eleição foi o teste mais difícil até agora para Erdogan, o político turco que há mais tempo governa o país, por duas décadas.
A corrida estava sendo observada de perto em todo o mundo. Kilicdaroglu prometeu conduzir a Turquia, membro da Otan, a uma nova era, revitalizando a democracia após anos de repressão do governo e renovando os laços com o Ocidente.
A campanha de Erdogan se concentrou nos avanços que ele disse que a Turquia conseguiu sob seu governo, como um país modernizado por megaprojetos como pontes e aeroportos e uma potência global independente que produzia suas próprias armas militares.
Ele também atacou ferozmente a oposição, alegando que eles eram apoiados por grupos "terroristas", no que analistas disseram ser um sinal de desespero, já que ele flertou com a derrota pela primeira vez em anos.
Até o final do domingo, nenhuma das campanhas havia confirmado que a eleição estava indo para um segundo turno, com votos ainda a serem apurados. Ahmet Yener, presidente do Conselho Eleitoral Supremo da Turquia, sugeriu que muitos votos não foram computados.
Mansur Yavas, prefeito de Ancara e vice de Kilicdaroglu, disse que, embora houvesse uma "alta probabilidade" de Kilicdaroglu ter vencido o primeiro turno, também havia uma "alta probabilidade" de um segundo turno. Ambas as campanhas exortaram seus apoiadores a vigiar as urnas e garantir a integridade do voto.
Um terceiro candidato presidencial, Sinan Ogan, um ultranacionalista, conseguiu pelo menos 5 por cento dos votos, de acordo com as contagens preliminares. Ogan, líder da Ata (Ancestor) Alliance, um grupo de quatro pequenos grupos de direita, fez campanha em grande parte em uma plataforma anti-imigrante e defendeu o envio de milhões de refugiados sírios de volta ao seu país.
No sábado, Erdogan acusou os Estados Unidos de tentar interferir na eleição. "Biden instruiu: ‘Precisamos derrubar Erdogan’", disse ele durante um discurso em Istambul. "Amanhã, as urnas também darão uma resposta a Biden."
Erdogan, que chegou ao poder como político de clara inclinação islâmica, comanda uma base leal de partidários, incluindo conservadores muçulmanos cujos direitos e lugar na vida pública ele defendeu.
Durante a campanha, Kilicdaroglu, um ex-burocrata de fala mansa que não tem o carisma de Erdogan, transmitiu suas mensagens de mudança ao público da Turquia por meio de vídeos postados no Twitter e outras plataformas de mídia social para escapar do domínio do governo sobre a mídia.
Dias antes da eleição, Erdogan abordou os temores sobre se aceitaria os resultados. "Esta é uma pergunta muito boba", disse o presidente em entrevista a jornalistas na televisão nacional na sexta-feira. "Chegamos ao poder na Turquia de forma democrática. Chegamos ao poder com a confiança de nosso povo. Assim como chegamos ao poder com o favor de nosso povo, ou seja, se nossa nação tomar uma decisão diferente, faremos exatamente isso, seja qual for a necessidade da democracia. Não há mais nada a fazer."
Até o final do domingo, nenhuma das campanhas havia confirmado que a eleição estava indo para um segundo turno, com votos ainda a serem apurados. Ahmet Yener, presidente do Conselho Eleitoral Supremo da Turquia, sugeriu que muitos votos não foram computados.
Mansur Yavas, prefeito de Ancara e vice de Kilicdaroglu, disse que, embora houvesse uma "alta probabilidade" de Kilicdaroglu ter vencido o primeiro turno, também havia uma "alta probabilidade" de um segundo turno. Ambas as campanhas exortaram seus apoiadores a vigiar as urnas e garantir a integridade do voto.
Um terceiro candidato presidencial, Sinan Ogan, um ultranacionalista, conseguiu pelo menos 5 por cento dos votos, de acordo com as contagens preliminares. Ogan, líder da Ata (Ancestor) Alliance, um grupo de quatro pequenos grupos de direita, fez campanha em grande parte em uma plataforma anti-imigrante e defendeu o envio de milhões de refugiados sírios de volta ao seu país.
No sábado, Erdogan acusou os Estados Unidos de tentar interferir na eleição. "Biden instruiu: ‘Precisamos derrubar Erdogan’", disse ele durante um discurso em Istambul. "Amanhã, as urnas também darão uma resposta a Biden."
Erdogan, que chegou ao poder como político de clara inclinação islâmica, comanda uma base leal de partidários, incluindo conservadores muçulmanos cujos direitos e lugar na vida pública ele defendeu.
Durante a campanha, Kilicdaroglu, um ex-burocrata de fala mansa que não tem o carisma de Erdogan, transmitiu suas mensagens de mudança ao público da Turquia por meio de vídeos postados no Twitter e outras plataformas de mídia social para escapar do domínio do governo sobre a mídia.
Dias antes da eleição, Erdogan abordou os temores sobre se aceitaria os resultados. "Esta é uma pergunta muito boba", disse o presidente em entrevista a jornalistas na televisão nacional na sexta-feira. "Chegamos ao poder na Turquia de forma democrática. Chegamos ao poder com a confiança de nosso povo. Assim como chegamos ao poder com o favor de nosso povo, ou seja, se nossa nação tomar uma decisão diferente, faremos exatamente isso, seja qual for a necessidade da democracia. Não há mais nada a fazer."
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