Publicado 19/05/2023 08:38 | Atualizado 19/05/2023 12:01
A passagem do ciclone Mocha por Mianmar provocou 145 mortes, de acordo com um balanço atualizado divulgado pela junta militar que governa o país do sudeste asiático. O balanço anterior divulgado pelo governo birmanês citava 80 vítimas fatais.
Mocha atingiu Mianmar e Bangladesh no fim de semana passado, com fortes chuvas e ventos de 195 km/h que destruíram edifícios e inundaram as ruas.
A tempestade mais violenta a atingir a região em uma década devastou vilarejos e bloqueou as comunicações em grande parte do estado de Rakhine, onde centenas de milhares de rohingyas vivem em acampamentos de deslocados após décadas de conflito étnico.
"De acordo com as informações que recebemos, quatro soldados, 24 residentes e 117 'bengalis' morreram na tempestade", anunciou a junta, utilizando um termo pejorativo como referência à minoria muçulmana dos rohingyas.
No vizinho de Bangladesh, as autoridades não relataram nenhuma morte provocada pelo ciclone, que passou perto dos campos de refugiados que abrigam quase um milhão de rohingyas que fugiram da repressão militar de Mianmar em 2017.
Mocha atingiu Mianmar e Bangladesh no fim de semana passado, com fortes chuvas e ventos de 195 km/h que destruíram edifícios e inundaram as ruas.
A tempestade mais violenta a atingir a região em uma década devastou vilarejos e bloqueou as comunicações em grande parte do estado de Rakhine, onde centenas de milhares de rohingyas vivem em acampamentos de deslocados após décadas de conflito étnico.
"De acordo com as informações que recebemos, quatro soldados, 24 residentes e 117 'bengalis' morreram na tempestade", anunciou a junta, utilizando um termo pejorativo como referência à minoria muçulmana dos rohingyas.
No vizinho de Bangladesh, as autoridades não relataram nenhuma morte provocada pelo ciclone, que passou perto dos campos de refugiados que abrigam quase um milhão de rohingyas que fugiram da repressão militar de Mianmar em 2017.
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Quase 800 mil pessoas precisam de assistência alimentar de emergência em Mianmar após a passagem do ciclone Mocha, informou Anthea Webb, vice-diretora do Programa Mundial de Alimentos (PMA) para a Ásia e o Pacífico, em coletiva de imprensa da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (19), em Genebra.
"O ciclone deixou um rastro de devastação no estado de Rakhine, em Mianmar, com casas destruídas, estradas cortadas e árvores derrubadas, hospitais e escolas destruídos e telecomunicações e linhas de energia gravemente danificadas", acrescentou.
Em Rakhine, centenas de milhares de rohingya vivem em acampamentos para deslocados por décadas de conflito étnico. O PMA está presente em Mianmar, mas agora precisa de recursos milionários para fornecer ajuda alimentar a 2,1 milhões de pessoas, incluindo as 800 mil afetadas pelo ciclone devastador, que também atingiu Bangladesh.
Webb disse que as autoridades militares, que tomaram o poder em Mianmar no golpe de 1º de fevereiro de 2021, autorizaram o PMA a acessar as áreas mais afetadas, que também são locais onde as forças do governo realizam uma repressão violenta.
Em Rakhine, centenas de milhares de rohingya vivem em acampamentos para deslocados por décadas de conflito étnico. O PMA está presente em Mianmar, mas agora precisa de recursos milionários para fornecer ajuda alimentar a 2,1 milhões de pessoas, incluindo as 800 mil afetadas pelo ciclone devastador, que também atingiu Bangladesh.
Webb disse que as autoridades militares, que tomaram o poder em Mianmar no golpe de 1º de fevereiro de 2021, autorizaram o PMA a acessar as áreas mais afetadas, que também são locais onde as forças do governo realizam uma repressão violenta.
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