Visita de Blinken à China ocorrerá em um momento de tensão diplomática entre os dois paísesAFP
Publicado 07/06/2023 14:49
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Washington e Pequim estão se preparando para uma possível visita a Pequim do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, no fim deste mês, que pode incluir uma reunião com o líder chinês Xi Jinping, segundo autoridades de ambos os lados. Esperava-se que Blinken visitasse Pequim em fevereiro, quando o aparecimento de um suposto balão espião chinês sobre os Estados Unidos dias antes de sua partida planejada levou ao adiamento da viagem e colocou os laços entre as duas potências em queda livre
Blinken deve se encontrar com autoridades chinesas de alto escalão, incluindo o diplomata Wang Yi e o ministro das Relações Exteriores Qin Gang, disse uma das autoridades. Permanece indeciso se ocorrerá uma reunião com Xi. O planejamento da reunião está ganhando força após uma visita a Pequim esta semana do principal funcionário do Departamento de Estado para o Leste Asiático, Daniel Kritenbrink, que se reuniu com autoridades chinesas, incluindo o vice-ministro das Relações Exteriores Ma Zhaoxu.
No ano passado, os EUA e a China entraram em conflito sobre uma série de questões, incluindo comércio, Taiwan, tecnologia, direitos humanos e as relações estreitas de Pequim com Moscou durante sua guerra com a Ucrânia. A disputa sobre o balão em fevereiro acrescentou uma nova camada de complexidade, especialmente depois que os EUA decidiram derrubá-lo — um ato que Pequim ridicularizou como uma reação exagerada.
Mais recentemente, os dois lados se empenharam em um delicado esforço para melhorar as relações. Os militares da China, no entanto, rejeitaram um esforço dos EUA para melhorar a comunicação, no que os analistas dizem ser uma relutância em aceitar barreiras que possam encorajar as operações militares americanas no quintal da China. Mas em outras áreas, Pequim se mostrou mais disposta a conversar.
Essa sequência de visitas, se realizada conforme planejado, contribuiria de alguma forma para redefinir os planos estabelecidos pelo presidente Joe Biden e Xi durante uma reunião em novembro passado e indicaria um compromisso renovado de abordar questões pendentes, desde disputas comerciais até ameaças à segurança e política econômica.
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