Renúncia do ex-primeiro-ministro Boris Johnson aumentou ainda mais as divisões dentro do Partido ConservadorJUSTIN TALLIS / POOL / AFP
Publicado 11/06/2023 15:46 | Atualizado 11/06/2023 15:49
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O líder da oposição trabalhista no Reino Unido, Keir Starmer, reivindicou neste domingo (11) eleições gerais antecipadas, após a renúncia do ex-primeiro-ministro Boris Johnson à sua cadeira no Parlamento, que acentuou as divisões no Partido Conservador.
"Esta farça tem que acabar. Os cidadãos já tiveram o suficiente" de governo conservador, afirmou Starmer no Twitter.
Rishi Sunak, chefe de governo que assumiu em outubro, "tem que convocar eleições e deixar que a população se expresse sobre esses 13 anos de fracasso dos conservadores", acrescentou o líder da oposição.
O Partido Liberal-Democrata também pediu eleições antecipadas. "Chegou a hora de os cidadãos terem a oportunidade de se pronunciar sobre este governo conservador caótico", disse Daisy Cooper, número dois do partido.
Boris Johnson, que renunciou ao cargo de primeiro-ministro em julho após uma série de escândalos, anunciou na sexta-feira que renunciaria ao seu cargo como deputado. Outros dois legisladores, próximos colaboradores de Johnson, também renunciaram. Johnson acusou a comissão parlamentar que investiga o "Partygate", sobre as festas em Downing Street durante a pandemia da covid-19, de querer "expulsá-lo do Parlamento".
Em um longo comunicado, o ex-líder britânico afirmou que a comissão havia produzido um relatório "repleto de declarações imprecisas e preconceituosas".
Sua renúncia, juntamente com a de seus aliados conservadores Nadine Dorries e Nigel Adams, resultará em eleições parciais em três circunscrições, o que pode colocar em risco a maioria conservadora.
Sobre um possível retorno à política de Johnson, que está prestes a completar 59 anos, o ultraconservador Jacob Rees-Mogg, um colaborador próximo, afirmou no Mail on Sunday que ele poderia "facilmente voltar ao Parlamento nas próximas eleições".
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