Agentes de segurança carregam um jovem resgatado da floresta em Shakahola, nos arredores da cidade costeira de MalindiAFP
Publicado 13/06/2023 16:36 | Atualizado 13/06/2023 16:41
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A descoberta de 19 corpos elevou a 303 o número de mortos no "massacre de Shakahola", a floresta no Quênia, onde se reunia uma seita evangélica que praticava o jejum extremo para "encontrar Jesus", anunciou uma autoridade regional.
O pastor desta seita, Paul Nthenge Mackenzie, está preso desde 14 de abril e será processado por "terrorismo" por este caso.
Dois meses depois que as primeiras vítimas foram encontradas, em 13 de abril, as buscas por fossas coletivas continuam em cerca de 15.000 hectares de uma região florestal situada não muito longe da cidade costeira de Malindi. "O número de mortos passou agora para 303 após a exumação de 19 corpos", declarou nesta terça-feira (13) a prefeita da região costeira, Rhoda Onyancha.
A polícia acredita que a maioria dos corpos exumados até agora são de frequentadores da Igreja Internacional das Boas-Novas (Good News International Church), criada por Paul Nthenge Mackenzie e que incentivava o jejum até a morte "para encontrar Jesus".
As autópsias revelaram que a maioria das vítimas morreram de fome, após seguirem os conselhos de Mackenzie. Algumas vítimas, entre elas crianças, foram estranguladas, espancadas ou sufocadas. Ao menos 35 suspeitos de envolvimento foram detidos, segundo a polícia.
O ministro do Interior anunciou na semana passada que a floresta de Shakahola será transformada em "memorial".
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