Ministra da Saúde, Rosa Gutiérrez PalominoReprodução: redes sociais
Publicado 16/06/2023 08:35 | Atualizado 16/06/2023 08:38
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A ministra da Saúde do Peru, Rosa Gutiérrez Palomino, pediu demissão na noite desta quinta-feira, 15, após as duras críticas recebidas no Congresso por sua gestão da crise de saúde provocada pelo maior surto de dengue no país em cinco anos. O Peru registra pelo menos 248 mortos e 147 mil contágios, segundo o último balanço.
"A presidente da República, Dina Ercilia Boluarte Zegarra, aceitou a renúncia da ministra da Saúde, Rosa Gutiérrez Palomino, a quem agradece por seu trabalho esforçado e honesto", anunciou o governo no Twitter.
Gutiérrez havia anunciado poucos minutos antes a apresentação da carta de renúncia, durante uma audiência no Congresso sobre o surto de dengue no país.
No Congresso, onde alguns partidos exigiram que ela abandonasse o governo, a então ministra atribuiu o aumento dos contágios às temperaturas elevadas e às chuvas que afetaram o norte do país no primeiro trimestre do ano. Além disso, ela defendeu as fumigações em massa como ferramenta de combate à doença.
O surto de dengue provocou o colapso dos hospitais em regiões do norte do país como Piura, uma das mais afetadas, onde foram registradas 82 mortes das 248 vítimas fatais em todo o Peru até 13 de junho.
Depois do Brasil, o Peru registra a segunda maior taxa de mortalidade na América Latina e seus números globais são 365% superiores à média dos últimos cinco anos, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
A dengue é uma doença endêmica em áreas tropicais, que provoca febre alta, dores de cabeça, náuseas, vômitos, dores musculares e, nos casos mais graves, hemorragias que podem levar à morte.
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