Publicado 20/06/2023 09:02 | Atualizado 20/06/2023 09:04
O regime Talibã anunciou nesta terça-feira (20) a segunda execução pública no Afeganistão desde seu retorno ao poder em 2021: um homem condenado por assassinato que foi morto no prédio de uma mesquita na região central do país.
"Foi executado em público na cidade de Sultan Ghazi Baba, no centro da província de Laghman, para que sofra e (sua morte) vire uma lição para os outros", afirmaram as autoridades locais em um comunicado.
As execuções públicas foram comuns durante o primeiro governo Talibã, entre 1996 e 2001, mas apenas uma uma execução havia sido anunciada desde o retorno do grupo ao poder em 2021, em dezembro do ano passado na província de Farah.
Mas as autoridades talibãs recorrem com frequência nesta nova etapa a açoitamentos por crimes como roubo, adultério e consumo de bebidas alcoólicas.
A pessoa executada nesta terça-feira foi identificada como "Ajmal, filho de Naseem", autor de cinco assassinatos.
Uma fonte do departamento de informação e cultura da província afirmou à AFP que quase 2.000 pessoas assistiram a execução, incluindo parentes das vítimas de Ajmal, e que todo o processo seguiu as regras da 'sharia' (lei islâmica).
O líder supremo afegão, Hibatullah Akhunzada, ordenou no ano passado aos juízes que aplicassem de maneira integral todos os aspectos da sharia, incluindo a punição "qisas" que equivale ao "olho por olho".
"Eu vi o momento em que o criminoso foi executado por 'qisas', depois que a família de uma vítima não o perdoou", declarou à AFP uma testemunha da punição desta terça-feira.
"Atiraram, se eu não contei errado, seis vezes. Não consegui ver se estava morto ou não, mas pouco depois ele foi levado em uma ambulância", disse outra testemunha, que não revelou o nome.
Uma autoridade provincial disse que Ajmal foi executado por um carrasco com um fuzil AK-47, e não por um parente de uma das vítimas, como permite o princípio 'qisas'.
"Muito medo"
"Foi executado em público na cidade de Sultan Ghazi Baba, no centro da província de Laghman, para que sofra e (sua morte) vire uma lição para os outros", afirmaram as autoridades locais em um comunicado.
As execuções públicas foram comuns durante o primeiro governo Talibã, entre 1996 e 2001, mas apenas uma uma execução havia sido anunciada desde o retorno do grupo ao poder em 2021, em dezembro do ano passado na província de Farah.
Mas as autoridades talibãs recorrem com frequência nesta nova etapa a açoitamentos por crimes como roubo, adultério e consumo de bebidas alcoólicas.
A pessoa executada nesta terça-feira foi identificada como "Ajmal, filho de Naseem", autor de cinco assassinatos.
Uma fonte do departamento de informação e cultura da província afirmou à AFP que quase 2.000 pessoas assistiram a execução, incluindo parentes das vítimas de Ajmal, e que todo o processo seguiu as regras da 'sharia' (lei islâmica).
O líder supremo afegão, Hibatullah Akhunzada, ordenou no ano passado aos juízes que aplicassem de maneira integral todos os aspectos da sharia, incluindo a punição "qisas" que equivale ao "olho por olho".
"Eu vi o momento em que o criminoso foi executado por 'qisas', depois que a família de uma vítima não o perdoou", declarou à AFP uma testemunha da punição desta terça-feira.
"Atiraram, se eu não contei errado, seis vezes. Não consegui ver se estava morto ou não, mas pouco depois ele foi levado em uma ambulância", disse outra testemunha, que não revelou o nome.
Uma autoridade provincial disse que Ajmal foi executado por um carrasco com um fuzil AK-47, e não por um parente de uma das vítimas, como permite o princípio 'qisas'.
"Muito medo"
Na execução de dezembro em Farah, o pai da vítima foi o responsável por apertar o gatilho para executar o assassino de seu filho.
"Para estes crimes é bom que as pessoas vejam e tenham medo antes de cometer este tipo de ato desumano", disse a testemunha à AFP nesta terça-feira.
"Havia muito medo, muitas emoções. Não estamos acostumados com coisas assim", acrescentou.
Em um comunicado, a Suprema Corte do Afeganistão informou que todos os recursos de apelação foram esgotados no caso de Ajmal e que o líder supremo tomou a decisão final a favor da execução.
"O líder supremo recebeu os documentos e discutiu com eruditos em uma grande reunião", afirma a nota. "No final, a ordem de qisas foi aprovada e foi determinada a aplicação", acrescenta.
Ajmal matou cinco pessoas em dois atos diferentes. Primeiro ele matou quatro pessoas em uma casa da província de Laghman e depois assassinou outro homem em um local não divulgado. As datas dos assassinatos não foram reveladas.
"Para estes crimes é bom que as pessoas vejam e tenham medo antes de cometer este tipo de ato desumano", disse a testemunha à AFP nesta terça-feira.
"Havia muito medo, muitas emoções. Não estamos acostumados com coisas assim", acrescentou.
Em um comunicado, a Suprema Corte do Afeganistão informou que todos os recursos de apelação foram esgotados no caso de Ajmal e que o líder supremo tomou a decisão final a favor da execução.
"O líder supremo recebeu os documentos e discutiu com eruditos em uma grande reunião", afirma a nota. "No final, a ordem de qisas foi aprovada e foi determinada a aplicação", acrescenta.
Ajmal matou cinco pessoas em dois atos diferentes. Primeiro ele matou quatro pessoas em uma casa da província de Laghman e depois assassinou outro homem em um local não divulgado. As datas dos assassinatos não foram reveladas.
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