Publicado 22/06/2023 12:07
A Ucrânia arrecadou cerca de 65 bilhões de dólares (cerca de 310 bilhões de reais na cotação atual) em novas contribuições financeiras para reconstruir sua economia ao final da conferência internacional organizada em Londres, informou nesta quinta-feira(23) o ministro britânico das Relações Exteriores, James Cleverly.
"Não concebemos esta conferência como uma conferência de anúncios de contribuições. No entanto, já fizemos anúncios de 60 bilhões de euros para respaldar a Ucrânia" a curto e médio prazo, destacou no enceramento do evento.
A maior parte dos 65 bilhões de dólares prometidos procede de um pacote de ajuda de 50 bilhões de euros (cerca de 261 bilhões de reais) que a União Europeia prevê aportar até 2027, e que anunciou na véspera do início da conferência.
Os Estados Unidos também prometeram 1,3 bilhão de dólares (6,21 bilhões de reais) em ajudas, destinadas em especial aos setores de energia e infraestruturas.
"Estamos começando a reconstruir a Ucrânia este ano, não vamos esperar que a guerra termine", afirmou o primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmigal, ao agradecer o apoio financeiro.
Um estudo do Banco Mundial, ONU, União Europeia e do governo ucraniano avalia em 441 bilhões de dólares (cerca de 2,10 trilhões de reais) o montante necessário à Ucrânia no momento para restaurar a economia.
Shmigal agradeceu o apoio de "quase todos os participantes" à ideia de que a Rússia deve "pagar por seus crimes e a destruição da Ucrânia".
"Devemos concluir o mecanismo de compensação que nos permite utilizar os ativos russos congelados para reconstruir a Ucrânia", argumentou.
A conferência de Londres buscava mobilizar os fundos necessários para reconstruir a Ucrânia a curto e médio prazo, mas também fazer um chamado ao setor privado para que contribua ativando mecanismos que garantam seus investimentos no país.
Cerca de 500 empresas de 42 países prometeram aderir ao esforço, afirmou Cleverly. A conferência foi também uma oportunidade para que a Ucrânia demonstre que está avançando com as reformas necessárias para sua futura adesão à União Europeia e para tranquilizar os investidores.
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