Publicado 25/06/2023 11:30
O papa Francisco rezou neste domingo, 25, pela família de uma adolescente que desapareceu há 40 anos, um gesto que, para o irmão da menina, significa que o Vaticano se envolveu neste notório caso arquivado.
Emanuela Orlandi, de 15 anos, filha de um funcionário do Vaticano, desapareceu após uma aula de música no centro de Roma em 22 de junho de 1983.
Desde então, o caso, que deu origem a uma série exibida na Netflix, gerou múltiplas teses, nunca comprovadas, e continua a fascinar os italianos com teorias da conspiração envolvendo os serviços secretos, a máfia, autoridades do Vaticano e a Maçonaria.
O pontífice argentino, após a oração do Ângelus neste domingo, disse que queria aproveitar este aniversário para "expressar, mais uma vez, minha proximidade à família, especialmente à mãe, e assegurar-lhe minhas orações".
"Estendo minha memória a todas as famílias que carregam a dor de um ente querido desaparecido", acrescentou.
A família de Emanuela exige justiça há anos e denuncia o silêncio culposo do Vaticano. Em janeiro, o procurador-geral da cidade abriu uma investigação.
O Vaticano revelou na última quinta-feira, 22, que havia encaminhado seus relatórios ao Ministério Público de Roma, que por sua vez abriu uma investigação.
Havia "algumas pistas (...) que mereciam uma investigação aprofundada", declarou a Santa Sé, acrescentando que obteve provas de suas instituições e testemunhos de altos funcionários da época.
O Vaticano foi acusado de dificultar as investigações por anos. Para o irmão de Emanuela Orlandi, Pietro, talvez esteja chegando a hora de avançar na investigação.
"O tabu sobre Emanuela Orlandi finalmente foi quebrado", disse ele a repórteres neste domingo, depois de organizar uma manifestação e ouvir o discurso do papa. "O fato de rezar é um sinal de esperança para alcançar a verdade".
As palavras do papa "já são um grande passo que exigimos há anos e anos, e até agora não havia sido dado", disse à AFP. Mas, "esperamos ações após essas palavras."
Mortes em Honduras
Emanuela Orlandi, de 15 anos, filha de um funcionário do Vaticano, desapareceu após uma aula de música no centro de Roma em 22 de junho de 1983.
Desde então, o caso, que deu origem a uma série exibida na Netflix, gerou múltiplas teses, nunca comprovadas, e continua a fascinar os italianos com teorias da conspiração envolvendo os serviços secretos, a máfia, autoridades do Vaticano e a Maçonaria.
O pontífice argentino, após a oração do Ângelus neste domingo, disse que queria aproveitar este aniversário para "expressar, mais uma vez, minha proximidade à família, especialmente à mãe, e assegurar-lhe minhas orações".
"Estendo minha memória a todas as famílias que carregam a dor de um ente querido desaparecido", acrescentou.
A família de Emanuela exige justiça há anos e denuncia o silêncio culposo do Vaticano. Em janeiro, o procurador-geral da cidade abriu uma investigação.
O Vaticano revelou na última quinta-feira, 22, que havia encaminhado seus relatórios ao Ministério Público de Roma, que por sua vez abriu uma investigação.
Havia "algumas pistas (...) que mereciam uma investigação aprofundada", declarou a Santa Sé, acrescentando que obteve provas de suas instituições e testemunhos de altos funcionários da época.
O Vaticano foi acusado de dificultar as investigações por anos. Para o irmão de Emanuela Orlandi, Pietro, talvez esteja chegando a hora de avançar na investigação.
"O tabu sobre Emanuela Orlandi finalmente foi quebrado", disse ele a repórteres neste domingo, depois de organizar uma manifestação e ouvir o discurso do papa. "O fato de rezar é um sinal de esperança para alcançar a verdade".
As palavras do papa "já são um grande passo que exigimos há anos e anos, e até agora não havia sido dado", disse à AFP. Mas, "esperamos ações após essas palavras."
Mortes em Honduras
O papa Francisco também expressou sua tristeza pelas vítimas de um embate nesta semana em uma prisão feminina em Honduras, na qual morreram quase cinquenta detentas.
“Sinto dor pelo que aconteceu há poucos dias no centro penal de Támara”, em Honduras, disse o pontífice argentino após a oração do Ângelus na Praça São Pedro. "Uma violência terrível que semeou tanta morte e violência", acrescentou.
Os confrontos entre membros de gangues desta prisão, nos arredores de Tegucigalpa, deixaram 46 mortos na terça-feira, 20.
Segundo as autoridades, detentas da gangue Bairro 18 invadiram e dispararam armas de grosso calibre contra o prédio onde estão suas rivais da Mara Salvatrucha (MS-13) e depois o incendiaram.
Em sua oração de domingo, o papa invocou a Virgem hondurenha de Suyapa, para que "ajude de coração a abrir a reconciliação e a dar espaço à convivência fraterna, também dentro das prisões". O país da América Central tem um dos níveis mais altos de violência carcerária do mundo.
“Sinto dor pelo que aconteceu há poucos dias no centro penal de Támara”, em Honduras, disse o pontífice argentino após a oração do Ângelus na Praça São Pedro. "Uma violência terrível que semeou tanta morte e violência", acrescentou.
Os confrontos entre membros de gangues desta prisão, nos arredores de Tegucigalpa, deixaram 46 mortos na terça-feira, 20.
Segundo as autoridades, detentas da gangue Bairro 18 invadiram e dispararam armas de grosso calibre contra o prédio onde estão suas rivais da Mara Salvatrucha (MS-13) e depois o incendiaram.
Em sua oração de domingo, o papa invocou a Virgem hondurenha de Suyapa, para que "ajude de coração a abrir a reconciliação e a dar espaço à convivência fraterna, também dentro das prisões". O país da América Central tem um dos níveis mais altos de violência carcerária do mundo.
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