Para Anthony Blinken, ainda é cedo para se fazer previsões sobre o futuro da RússiaMandel NGAN/AFP
Publicado 25/06/2023 15:11
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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que a tentativa de rebelião do grupo mercenário Wagner na Rússia foi uma "situação extraordinária" e que criou "rachaduras que não existiam antes". As declarações foram feitas na manhã deste domingo, 25, em entrevista à rede de televisão norte-americana CNN.
"Trata-se de uma questão em andamento e não vimos o final dela ainda, por isso é muito cedo para dizer o que vai acontecer", ponderou. "Mas podemos dizer que o que vimos foi uma situação extraordinária e que criou rachaduras que não existiam antes", disse Blinken, citando que o grupo mercenário, liderado pelo paramilitar Yevgeny Prigozhin, estaria questionando a invasão russa na Ucrânia.
Na entrevista, Blinken destacou que 16 meses atrás, as forças russas estavam "na porta de Kiev, achando que iriam tomar a cidade em poucos dias", mas que agora o país precisa focar em se defender em Moscou, contra mercenários aliados do próprio Vladimir Putin. "Isso levanta uma série de questões que deverão ser respondidas nas próximas semanas", pontuou.
Blinken disse que até agora não recebeu nenhuma informação sobre qualquer autoridade militar russa que tenha sido destituída, mas que é preciso aguardar o desenrolar da situação. "Precisamos focar na Ucrânia e fazer com que eles tenham o que for preciso para defenderem seu território", afirmou. Na avaliação do secretário, a tentativa de rebelião pode deixar a Rússia distraída com questões internas e criar uma vantagem adicional para a Ucrânia. "Mas independente disso, eles (Ucrânia) têm um plano claro e são resilientes".
Ao ser questionado se o episódio poderia marcar "o início do fim" para Putin, Blinken afirmou que não queria especular sobre o assunto, e que trata-se de uma que stão interna da Rússia. "Mas o que temos visto é o seguinte: essa agressão contra a Ucrânia se mostra um fracasso estratégico. A Rússia está mais fraca economicamente e militarmente", disse o secretário.
"É preciso se questionar como isso, a agressão à Ucrânia, melhorou as vidas dos russos. Claro que não melhorou, só piorou, mas é uma questão que os russos devem resolver sozinhos. O fato de você ter alguém internamente questionando essa autoridade de Putin é muito poderoso".
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