Publicado 29/06/2023 10:19 | Atualizado 29/06/2023 11:18
O enfraquecimento do presidente russo, Vladimir Putin, representa um "risco maior", disse nesta quinta-feira, 29, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, para quem o motim frustrado do grupo paramilitar Wagner desencadeou a maior crise em décadas na Rússia.
"Um Putin fragilizado é um risco maior. Temos que estar atentos às consequências", disse Borrell ao chegar a uma cúpula de líderes europeus em Bruxelas.
"Até agora víamos a Rússia como uma ameaça porque era uma grande força e uma força que foi usada na Ucrânia. Agora temos que ver a Rússia como um risco, por causa da instabilidade interna", expressou o diplomata espanhol.
A União Europeia (UE), disse Borrell, decidiu apoiar a Ucrânia "a longo prazo (...) durante e depois da guerra" com a Rússia.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que haverá "ondas de réplica" do que aconteceu com o grupo Wagner e acrescentou que era necessário multiplicar o apoio à Ucrânia, "seja apoio financeiro ou capacidade militar".
Para o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, o que aconteceu com o grupo Wagner indica a existência de "rachaduras e divisões" na Rússia, embora tenha alertado que "é prematuro tirar conclusões definitivas".
Ao chegar para a reunião de cúpula europeia em Bruxelas, o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, disse que era necessário adotar ações "decididas" para lidar com as ameaças representadas pela Rússia.
"Devemos ter em mente que qualquer movimento no sistema político da Rússia terá repercussões em nossa segurança", disse o líder lituano.
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