Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyafp
Publicado 07/07/2023 10:50 | Atualizado 07/07/2023 10:54
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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se reúne nesta sexta-feira, 7, com seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, na última etapa de uma viagem diplomática para pressionar pela adesão de seu país à Otan e pelo envio de mais armas por parte dos aliados.
"Sem armas de longo alcance, não é difícil apenas executar missões de ataque, mas também, para ser honesto, operações de defesa", declarou nesta sexta-feira em Praga, na República Tcheca, antes de visitar a Eslováquia e, em seguida, a Turquia. "Estamos conversando com os Estados Unidos, no momento depende apenas deles", acrescentou.
O primeiro-ministro tcheco, Petr Fiala, disse que o país pretende enviar helicópteros de combate à Ucrânia e treinar pilotos de caças F-16 de fabricação americana.
O encontro com Erdogan em Istambul acontece na véspera do marco de 500 dias do início da invasão russa e durante uma contraofensiva das tropas de Kiev que, segundo admitiu Zelensky, avança lentamente.
"Avançamos, no entanto, não retrocedemos como os russos", disse o presidente. "Agora temos a iniciativa", acrescentou.
A conversa com o presidente turco, um importante mediador entre Kiev e Moscou no conflito, deve abordar o acordo para a exportação de grãos ucranianos pelo Mar Negro, que está a ponto de expirar, e na reunião de cúpula da Otan na próxima semana.
Os analistas esperam que Zelensky tente convencer Erdogan a aprovar a entrada da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte antes da reunião da aliança em 11 e 12 de julho em Vilnius, capital da Lituânia.
A Turquia bloqueia a candidatura sueca por uma antiga disputa com Estocolmo a respeito do que considera uma atitude muito complacente do país escandinavo com os militantes curdos que residem nesta nação.
Zelensky também busca a adesão de seu país à Otan de deseja que a reunião na Lituânia resulte em um "convite" para a entrada de Kiev no grupo.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou nesta sexta-feira que o encontro de cúpula em Vilnius deve reafirmar que a Ucrânia será um membro da organização.
"Espero que todos os líderes reafirmem que a Ucrânia se tornará um membro da Otan e se unam para aproximar a Ucrânia de seu objetivo", disse Stoltenberg.
Além da questão Otan, Zelensky e Erdogan devem examinar as maneiras de prorrogar o acordo, alcançado com mediação da Turquia e da ONU, que permitiu a exportação de grãos ucranianos durante a guerra e que, a menos que Moscou concorde em renová-lo, expira em 17 de julho.
O presidente ucraniano insiste que a lentidão no fornecimento de armas atrasou a contraofensiva e deu tempo à Rússia para reforçar suas defesas nas áreas ocupadas.
A imprensa dos Estados Unidos informou que o Pentágono está preparando um novo pacote de armas e munições, que pode incluir as polêmicas bombas de fragmentação, que consistem em pequenos explosivos disseminados por um amplo raio.
Este tipo de bomba já foi utilizado pelos dois lados do conflito, apesar das condenações de várias organizações de defesa dos direitos humanos, que afirmam que artefatos não detonados podem permanecer no terreno, o que ameaça os civis.
O Kremlin já advertiu que acompanhará de perto o encontro entre Zelensky e Erdogan e manterá "uma colaboração construtiva com Ancara", nas palavras do porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov.
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