Governo mexicano quer 'explicações públicas' da Shein sobre uso sem autorização de elementos de desenhos indígenas em 'várias peças'Divulgação/Shein Mexico
Publicado 08/07/2023 09:42 | Atualizado 08/07/2023 09:43
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O governo do México denunciou, na sexta-feira, 7, que a empresa chinesa Shein, gigante da moda de baixo custo, reproduziu sem autorização elementos de desenhos indígenas "em várias peças".
"Detectamos" na página da Shein "várias peças com elementos distintivos e característicos da cultura e identidade do povo nahua de San Gabriel Chilac, Puebla" (centro), disse a Secretaria de Cultura.
Essa pasta, que tem status de ministério, enviou uma carta de protesto e destacou em sua denúncia, especificamente, a camisa da coleção Emery Rose com "estampa floral".
Para os nahuas, "essas peças não são apenas flores bordadas, mas representam parte de seu entorno biocultural e parte de sua história, e também um saber que foi transmitido de geração em geração e cujo sentido simbólico os representa como povo", diz o comunicado.
Essa etnia não tem "condições de competir no mercado com peças fabricadas de maneira industrial" e "além dos prejuízos econômicos, há danos morais, já que também foram despojados de sua identidade como grupo", assinalou a Secretaria de Cultura.
O México pede à Shein que "explique publicamente com quais fundamentos privatiza uma expressão cultural tradicional de propriedade coletiva, fazendo uso de elementos culturais cuja origem está plenamente documentada".
O governo mexicano já denunciou anteriormente a Shein e outras marcas de roupas estrangeiras - como a espanhola Zara e a grife de Carolina Herrera, estilista venezuelana radicada nos Estados Unidos - por casos semelhantes.
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