Publicado 21/07/2023 09:51
O presidente russo, Vladimir Putin, alertou nesta sexta-feira, 21, que Moscou usará "todos os meios" à sua disposição para proteger seu aliado Belarus de possíveis ataques.
"Uma agressão contra Belarus será equivalente a uma agressão contra a Federação da Rússia. Responderemos com todos os meios à nossa disposição", disse Putin durante uma reunião do seu Conselho de Segurança, transmitida pela televisão.
A Polônia, um dos aliados mais próximos da Ucrânia, com fronteira com esse país e também com Belarus, tem fornecido armas a Kiev e acolhido refugiados ucranianos. Porém, não manifestou interesse em enviar tropas à Ucrânia.
Putin acusou seu governo de tentar "interferir diretamente no conflito" para ocupar o território ucraniano. A Polônia reforçou suas defesas na fronteira com Belarus, para onde foram transferidos os combatentes do grupo paramilitar russo Wagner, após uma rebelião interrompida na Rússia.
Além disso, Moscou também utilizou o território de Belarus — que, além da Polônia, tem fronteira com a Ucrânia e Lituânia — para lançar a ofensiva na Ucrânia.
O presidente afirmou ainda que as armas ocidentais "não ajudam" a Ucrânia em sua contraofensiva, que, segundo ele, não tem dado "nenhum resultado". No mês passado, Kiev lançou uma contraofensiva com o apoio de armas fornecidas por potências ocidentais.
"Nem os recursos colossais injetados no regime de Kiev, nem o fornecimento de armas ocidentais, tanques, artilharia, veículos blindados e mísseis estão ajudando", afirmou Putin.
As forças de Moscou ocupam partes do sul e do leste da Ucrânia e, em grande medida, o front parece bloqueado.
Esta semana, um assessor da Presidência ucraniana reconheceu à AFP que a contraofensiva será "longa e difícil".
Leia mais