Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI)Agência Brasil/Tomaz Silva
Publicado 27/07/2023 11:25
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A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, destacou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 27, que a inflação na zona do euro deve continuar elevada por muito tempo, por mais que tenha dado indícios de queda nos últimos dados. Segundo a presidente, os registros recentes têm apontado para uma queda nos preços mais adiante.
Nesta quinta, a autoridade monetária elevou as três taxas de juros do bloco em 25 pontos-base. Lagarde afirmou que a instituição vai manter as taxas em nível restritivo pelo tempo que for necessário para que a inflação volte à meta de 2%. "Continuaremos a reagir aos dados mais recentes para determinar o nível do aperto necessário", disse, após avaliar que as condições financeiras nos países têm pesado na demanda.
Christine Lagarde também afirmou que a economia da zona do euro deve esfriar no curto prazo. "Com uma demanda mais fraca, nossa perspectiva para atividade é menor", disse.
Ela pontua, porém, que o setor de serviços e o mercado de trabalho têm mostrado resiliência, embora os serviços tenham perdido impulso com a evolução da transmissão da política monetária. Nos próximos meses, a autoridade monetária aguarda uma desaceleração do setor.
Lagarde explicou que, para acelerar a transmissão da política monetária, o BCE optou por estabelecer a remuneração de reservas mínimas em 0%, e avaliou que mais medidas podem ser necessárias caso os governos dos países do bloco não retirem suas medidas de apoio fiscal fornecidas durante a crise energética deflagrada pela guerra na Ucrânia. "Os impactos da crise de energia já são bem mais suaves", pontuou.
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