Ao todo, mais de mil pessoas foram presas no país por conta dos distúrbiosGuillaume Souvant/AFP
Publicado 08/08/2023 08:56 | Atualizado 08/08/2023 08:57
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As autoridades prenderam nesta terça-feira cinco policiais de elite pela morte de um homem de 27 anos durante os distúrbios que sacudiram a França no final de junho e início de julho, em outro caso envolvendo agentes.
O Ministério Público de Marselha (sudeste) indicou em nota que os cinco agentes do RAID estão em custódia policial a pedido de um juiz de instrução no âmbito de uma investigação aberta em 4 de julho.
A morte de Nahel, um adolescente de 17 anos, por um tiro à queima-roupa da polícia durante um controle de trânsito nos arredores de Paris em 27 de junho desencadeou mais de uma semana de distúrbios noturnos na França.
Na madrugada de 1 para 2 de julho em Marselha, onde danos e saques foram registrados, Mohamed Bendriss, pai de uma criança e com a esposa grávida, perdeu a vida após passar mal enquanto conduzia sua motocicleta.
A autopsia revelou uma marca no tórax que corresponderia ao impacto de uma bala de borracha utilizada pelas forças de segurança na França e conhecidas popularmente como LBD ou "flash-ball".
A atuação policial é criticada na França há vários anos e as reclamações voltam a ressurgir com força em cada episódio de protestos violentos ou de distúrbios, como o registrado semanas atrás.
Em outro caso, ocorrido em Marselha, a Justiça acusou quatro policiais de "violência voluntária" após espancarem Hedi, um jovem de 22 anos, que teve que remover uma parte do crânio.
A prisão preventiva de um dos quatro policiais acusados desencadeou uma onda de protestos dentro da polícia, marcada pelo aumento de licenças médicas e serviços mínimos.
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