Publicado 09/08/2023 11:14
O ministério da Defesa de Belarus afirmou que começou a realizar exercícios militares na fronteira com a Polônia e a Lituânia na terça-feira, 8. O titular da pasta, Viktor Khrenin, apontou que os exercícios que começaram nesta semana são baseados em experiências da "operação militar especial" - o termo que a Rússia usa para sua guerra na Ucrânia.
Khrenin afirmou que os exercícios incluem o "uso de drones, bem como a interação próxima de unidades de tanques e fuzis motorizados com unidades de outros ramos das forças armadas".
Os exercícios militares estavam ocorrendo na região de Grodno, perto do chamado Suwalki Gap - um trecho de terra pouco povoado de 96 quilômetros ao longo da fronteira polaco-lituana. O trecho liga os três países bálticos com o restante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e separa Belarus de Kaliningrado, um enclave russo fortemente militarizado no Mar Báltico que não tem conexão terrestre com a Rússia.
Analistas militares no Ocidente há muito veem o Suwalki Gap como uma área potencial de conflito em qualquer confronto entre a Rússia e a Otan.
Tropas
A Polônia anunciou que deve enviar mais tropas do exército para reforçar a fronteira do país com Belarus. A Guarda da Fronteira polonesa havia solicitado um reforço de mais mil soldados para a região de fronteira entre Varsóvia e Minsk.
O anuncio ocorre uma semana após as declarações do primeiro-ministro do país, Mateusz Morawiecki, de que membros do Grupo Wagner estariam chegando perto da fronteira com a Polônia
Após o motim organizado pelo chefe do Grupo Wagner, Ievgeni Prigozhin, que foi abafado por um acordo entre o chefe do grupo mercenário, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, as operações do Grupo Wagner foram transferidas para Belarus.
Preocupação
A Otan está cada vez mais preocupada com a presença de mercenários do grupo Wagner ligados à Rússia em Belarus. Polônia, Lituânia e Letônia - membros da aliança militar e da União Europeia que fazem fronteira com a Belarus - já estavam em alerta desde que um grande número de migrantes e refugiados começou a chegar às suas fronteiras com Belarus.
Eles acusaram Lukashenko, um aliado da Rússia, de abrir a rota de migração em um ato de "guerra híbrida" destinada a criar instabilidade no Ocidente.
Um incidente na terça-feira, 8, aumentou ainda mais as preocupações, com a entrada de dois helicópteros de Belarus no espaço aéreo polonês.
O Ministério da Defesa da Polônia relatou o incidente à Otan, que afirmou nesta quarta-feira, 9, que está monitorando a situação.
"A Otan está acompanhando de perto a situação ao longo de suas fronteiras orientais, incluindo o incidente de ontem, quando dois helicópteros militares de Belarus cruzaram brevemente o espaço aéreo polonês em baixa altitude", disse um oficial da Otan sob condição de anonimato.
Khrenin afirmou que os exercícios incluem o "uso de drones, bem como a interação próxima de unidades de tanques e fuzis motorizados com unidades de outros ramos das forças armadas".
Os exercícios militares estavam ocorrendo na região de Grodno, perto do chamado Suwalki Gap - um trecho de terra pouco povoado de 96 quilômetros ao longo da fronteira polaco-lituana. O trecho liga os três países bálticos com o restante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e separa Belarus de Kaliningrado, um enclave russo fortemente militarizado no Mar Báltico que não tem conexão terrestre com a Rússia.
Analistas militares no Ocidente há muito veem o Suwalki Gap como uma área potencial de conflito em qualquer confronto entre a Rússia e a Otan.
Tropas
A Polônia anunciou que deve enviar mais tropas do exército para reforçar a fronteira do país com Belarus. A Guarda da Fronteira polonesa havia solicitado um reforço de mais mil soldados para a região de fronteira entre Varsóvia e Minsk.
O anuncio ocorre uma semana após as declarações do primeiro-ministro do país, Mateusz Morawiecki, de que membros do Grupo Wagner estariam chegando perto da fronteira com a Polônia
Após o motim organizado pelo chefe do Grupo Wagner, Ievgeni Prigozhin, que foi abafado por um acordo entre o chefe do grupo mercenário, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, as operações do Grupo Wagner foram transferidas para Belarus.
Preocupação
A Otan está cada vez mais preocupada com a presença de mercenários do grupo Wagner ligados à Rússia em Belarus. Polônia, Lituânia e Letônia - membros da aliança militar e da União Europeia que fazem fronteira com a Belarus - já estavam em alerta desde que um grande número de migrantes e refugiados começou a chegar às suas fronteiras com Belarus.
Eles acusaram Lukashenko, um aliado da Rússia, de abrir a rota de migração em um ato de "guerra híbrida" destinada a criar instabilidade no Ocidente.
Um incidente na terça-feira, 8, aumentou ainda mais as preocupações, com a entrada de dois helicópteros de Belarus no espaço aéreo polonês.
O Ministério da Defesa da Polônia relatou o incidente à Otan, que afirmou nesta quarta-feira, 9, que está monitorando a situação.
"A Otan está acompanhando de perto a situação ao longo de suas fronteiras orientais, incluindo o incidente de ontem, quando dois helicópteros militares de Belarus cruzaram brevemente o espaço aéreo polonês em baixa altitude", disse um oficial da Otan sob condição de anonimato.
"Estamos em contato próximo com as autoridades polonesas sobre este assunto e continuaremos a fazer o que for necessário para garantir que todo o território da Aliança permaneça seguro", acrescentou.
Fonte: Associated Press.
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