Publicado 13/08/2023 11:08
Com uma megaoperação militar e policial, autoridades equatorianas transferiram para um presídio de segurança máxima, no sábado (12), o líder do grupo criminoso mais poderoso do país, a quem o candidato presidencial Fernando Villavicencio acusou de tê-lo ameaçado antes de ser morto.
Na madrugada, cerca de 4.000 policiais entraram fortemente armados e em veículos militares blindados ao Centro de Privação da Liberdade Regional Número 8 de Guayaquil (sudoeste), onde estava preso José Adolfo "Fito" Macías, chefe do temido grupo "Los Choneros".
Um homem obeso e barbudo aparece nas imagens postadas nas redes sociais pelas forças públicas. A autoridade carcerária estatal SNAI confirmou à AFP que se trata de "Fito", recluso ali desde 2011.
O líder de "Los Choneros" aparece em uma foto de frente com as mãos na cabeça, e em outras aparece no chão, com os braços amarrados e vestindo roupas íntimas, juntamente com dezenas de presos.
Mais tarde, o presidente equatoriano, Guillermo Lasso, informou pela rede X, antigo Twitter, que "Fito" foi transferido para La Roca, pequeno presídio de segurança máxima, que faz parte do mesmo complexo penitenciário onde ficava a prisão onde estava anteriormente.
Macías controlava pelo menos um pavilhão do presídio de onde foi transferido.
O nome de "Fito" tem repercutido na mídia no Equador desde a quarta-feira, após o assassinato a tiros, em Quito, do presidenciável Fernando Villavicencio, um centrista que era segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, segundo consulta recente.
Villavicencio, de 59 anos, havia denunciado, uma semana antes, que o chefe criminoso o tinha ameaçado de morte. Neste sábado, seu partido, Construye, informou que sua candidata à vice-presidência, Andrea González, substituirá o falecido nas eleições de 20 de agosto.
Com 36 anos, a nova candidata à Presidência é uma líder ambientalista que luta pela proteção dos oceanos, das florestas e dos manguezais.
Antes da decisão, o partido tinha aventado a possibilidade de González aparecer como candidata a vice-presidente na cédula e assumir o poder em caso de vitória da chapa.
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