Publicado 17/08/2023 11:23 | Atualizado 17/08/2023 12:59
A Suécia elevou o nível de alerta por terrorismo de 3 para 4, em uma escala que vai até 5, anunciou nesta quinta-feira, 17, o Serviço de Segurança (Säpo) do país, após as reações revoltadas no exterior aos atos de profanação do Alcorão em território sueco.
"Hoje decidi aumentar o índice de ameaça terrorista de um nível alto para um nível crítico", declarou a diretora dos serviços de Inteligência, Charlotte von Essen.
Ela destacou que a ameaça de atentados "persistirá durante muito tempo" no país.
Esta é a primeira vez desde 2016 que a Suécia aumenta o nível de alerta. Naquele ano, a medida foi adotada porque o grupo extremista Estado Islâmico (EI) divulgou ameaças terroristas contra o continente europeu.
Nos últimos meses, a segurança no país nórdico - geralmente tranquilo - piorou, principalmente após os atos de profanação do Alcorão.
No fim de julho, dois homens atearam fogo a um exemplar do Alcorão diante do Parlamento, em Estocolmo, repetindo um ato realizado um mês antes em frente à maior mesquita da capital sueca.
Os atos contra o Alcorão provocaram muitas tensões em países de maioria muçulmana e a embaixada sueca em Bagdá foi incendiada, e os funcionários foram transferidos temporariamente para Estocolmo. A hostilidade levou o país a aumentar os controles nas fronteiras.
Na semana passada, um coquetel molotov foi lançado contra a embaixada da Suécia em Beirute, mas o projétil não explodiu. No fim de semana, o grupo extremista Al-Qaeda convocou atentados no país escandinavo.
Vários países atualizaram suas recomendações para pessoas que desejam visitar a Suécia. No domingo, a diplomacia britânica afirmou que ataques terroristas em território sueco eram "muito prováveis".
Em julho, o governo dos Estados Unidos recomendou "prudência" pelo risco de "terrorismo" na Suécia.
As autoridades suecas estão examinando como limitar a organização de manifestações com a queima de exemplares do Alcorão, mas sem restringir a liberdade de expressão. A maioria parlamentar parece, no entanto, relutante a aprovar mudanças legislativas neste sentido.
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