Nave não era tripuladaAgência espacial indiana
Publicado 23/08/2023 10:13 | Atualizado 24/08/2023 11:42
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Uma nave indiana não tripulada pousou na Lua nesta quarta-feira (23), perto de seu polo sul, pouco explorado. O primeiro-ministro do país classificou o dia como "histórico".

A nave "Chandrayaan-3 pousou com sucesso na Lua", anunciou a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), sob aplausos dos engenheiros.
Nova corrida espacial
- Propulsão chinesa
O gigante asiático planeja enviar astronautas à Lua antes de 2030 e tem como principal objetivo construir uma base lá. A China enviou seu primeiro ser humano ao espaço em 2003, bem depois do feito de soviéticos e americanos em 1961, em plena Guerra Fria.
O programa espacial chinês vem ganhando impulso por meio de investimentos bilionários. Em 2019, conseguiu uma façanha histórica: pousar uma nave no lado oculto da Lua.

Depois, em 2020, trouxe de volta uma nave com amostras lunares, uma operação que não era realizada há mais de 40 anos. Em 2021, conseguiu pousar um pequeno robô em Marte.
- O retorno dos EUA
As missões lunares históricas da NASA foram chamadas de Apollo. Meio século depois, a Agência Espacial Americana agora concentra seus esforços no programa Artemis, que tem como objetivo, oficialmente para 2025, o retorno dos astronautas, incluindo a primeira mulher e o primeiro homem negro sobre solo lunar.

O objetivo é construir uma base na superfície da Lua e uma estação espacial em sua órbita. Tudo isso para fazer uma viagem ainda mais complexa e ambiciosa: enviar uma tripulação a Marte.

O foguete Starship, desenvolvido pela SpaceX – empresa do bilionário Elon Musk – para essas viagens, explodiu em voo durante seu primeiro teste em abril passado.

- Rússia em declínio
A Rússia lançará sua nave espacial à Lua na noite de quinta para sexta-feira, a primeira desde 1976. Chamada de Luna-25, essa missão faz parte de um ciclo com vistas a uma possível base em órbita lunar construída em conjunto com a China.

Sua cooperação com as potências espaciais ocidentais se reduziu a praticamente zero após a invasão da Ucrânia. Logo após o início da guerra, porém, o presidente Vladimir Putin garantiu que a Rússia continuaria a implementar seu programa lunar, apesar das sanções ocidentais.
Os novos na corrida
Até o momento, apenas quatro países conseguiram pousar na superfície da Lua, localizada a cerca de 384 mil quilômetros da Terra: Rússia, Estados Unidos, China e agora a Índia. Mas os recentes avanços tecnológicos permitiram reduzir o custo das missões, o que estimula novos candidatos públicos, ou privados.

A Lua não é um alvo fácil, porém. Uma missão israelense privada que enviou uma sonda em 2019 falhou na tentativa. O mesmo problema ocorreu em abril passado com o módulo de aterrissagem Hakuto, da startup japonesa ispace.

Outras duas empresas, as americanas Astrobotic e a Intuitive Machines, devem tentar a sorte ainda este ano.
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