Líder do grupo paramilitar do Sudão, o general Mohamed Hamdan DagloAFPTV
Publicado 25/08/2023 09:29
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A guerra e a fome ameaçam "destruir" todo o Sudão, cenário desde 15 de abril de combates violentos entre o exército e paramilitares, alertou a ONU em um comunicado divulgado nesta sexta-feira.
"A guerra no Sudão está alimentando uma emergência humanitária de proporções épicas", advertiu o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.
"O conflito que se prolonga - e a fome, as doenças e os deslocamentos que provocam - ameaça destruir todo o país", acrescentou Griffiths.
A ONG ACLED registrou 5.000 mortes na guerra, mas o balanço real pode ser muito superior porque várias regiões estão isoladas e nenhum lado do conflito divulga suas baixas.
Além disso, nos quatro meses de conflito entre as tropas oficiais do general Abdel Fatah al Burhan e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR) do general Mohamed Hamdan Daglo mais de 4,6 milhões de pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas.
"Em alguns lugares não há mais comida. Centenas de milhares de crianças sofrem desnutrição grave e enfrentam a morte iminente caso não recebam tratamento", destacou Griffiths.
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