Publicado 28/08/2023 08:33 | Atualizado 28/08/2023 08:33
O governo japonês convocou nesta segunda-feira, 28, o embaixador chinês para protestar contra uma campanha de assédio procedente da China sobre empresas japonesas, após o início do despejo no mar de águas da usina nuclear de Fukushima.
O vice-chanceler japonês Masataka Okano declarou ao embaixador chinês, Wu Jianghao, que Pequim deve informar corretamente ao público, em vez de "despertar inutilmente a preocupação das pessoas com informações sem base científica", segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores japonês.
A China suspendeu na semana passada a importação de produtos do mar procedentes do Japão, em reação ao início dos despejos da água utilizada para resfriar os reatores nucleares da central de Fukushima.
O procedimento conta, no entanto, com a aprovação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), e Tóquio garante que a água não representa perigo para o meio ambiente e saúde humana.
Desde o início da campanha de assédio, empresas japonesas aparentemente escolhidas aleatoriamente, que vão de restaurantes, hotéis até escolas, receberam milhares de ligações de telefones chineses.
Nas redes sociais, chineses divulgaram vídeos nos quais aparecem ligando para números japoneses. Algumas publicações receberam milhares de "likes".
O despejo progressivo de mais de um milhão de toneladas de água tratada procedente da usina - destruída por um terremoto e posterior tsunami em 2011 - começou na quinta-feira, e está previsto para prosseguir até o início da década de 2050.
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