Supremo líder da Coreia do Norte Kim Jong-un, e presidente russo Vladimir PutinReprodução
Publicado 05/09/2023 09:33 | Atualizado 05/09/2023 09:36
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O Kremlin não confirmou nesta terça-feira, 5, uma possível reunião entre Vladimir Putin e o líder norte-coreano Kim Jong-Un, que, segundo o governo dos Estados Unidos, pretende viajar ao exterior para um encontro bilateral com o presidente russo.
"Não, não podemos (confirmar), não temos nada a dizer sobre o tema", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa.
A Casa Branca afirmou que o líder norte-coreano tem a intenção de visitar a Rússia para discutir com Putin a venda de armas de Pyongyang para a guerra na Ucrânia.
Segundo o jornal "The New York Times", o Kremlin deseja obter peças de artilharia e mísseis antitanque da Coreia do Norte, enquanto Kim busca tecnologia avançada para satélites e submarinos nucleares, além de ajuda alimentar para sua população.
Para o governo dos Estados Unidos, os acordos "violariam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU" contra o programa de armas de Pyongyang.
Fontes da administração norte-americana disseram ao NYT que Kim provavelmente viajará em um trem blindado este mês a Vladivostok, no extremo leste da Rússia e muito perto da fronteira com a Coreia do Norte, para o encontro com Putin.
A cidade às margens do Pacífico receberá de 10 a 13 de setembro o Fórum Econômico Oriental, que teve a participação de 68 países no ano passado.
O ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu, afirmou na segunda-feira, 4, que discutiria com a Coreia do Norte a possibilidade de organizar exercícios militares conjuntos.
"Discutimos sobre isto com todo mundo, incluindo a Coreia do Norte. Por que não? Eles são nossos vizinhos", disse o ministro, citado pela agência de notícias TASS.
As viagens do líder norte-coreano ao exterior são raras. Além das visitas a Singapura e ao Vietnã em 2018 e 2019 para reuniões com o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Kim Jong-Un fez quatro visitas à China. Ele também se reuniu com Putin em Vladivostok em 2019.
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