Publicado 05/09/2023 16:40
Padres comunitários e de bairros populares da Argentina celebraram, nesta terça-feira (5), uma missa comunitária em desagravo ao papa Francisco, alvo de críticas do candidato ultraliberal à Presidência, Javier Milei.
A missa "em desagravo pelos ultrajes ao papa Francisco na campanha política" com vistas às eleições gerais de 22 de outubro na Argentina foi celebrada em frente à paróquia dos Milagres de Caacupé, localizada na favela 21-24, no sul da capital argentina, na presença de mil assistentes.
Desde que lançou sua candidatura à Presidência, Milei, que é deputado federal, tem feito críticas e insultos ao papa nas redes sociais, bem como em entrevistas e declarações.
Em várias ocasiões, ele se referiu a Francisco como "o maligno na Terra que ocupa o trono da casa de Deus" e o acusou de "impulsionar o comunismo". Também o chamou de "nefasto" e "imbecil".
No entanto, após as primárias de 13 de agosto, nas quais foi o candidato mais votado (29,86%), Milei moderou suas palavras e disse que se chegar à Presidência e o papa visitar a Argentina, o receberia "como um chefe de Estado" por que ele é "o chefe espiritual da grande maioria dos argentinos".
Desagravos
A missa "em desagravo pelos ultrajes ao papa Francisco na campanha política" com vistas às eleições gerais de 22 de outubro na Argentina foi celebrada em frente à paróquia dos Milagres de Caacupé, localizada na favela 21-24, no sul da capital argentina, na presença de mil assistentes.
Desde que lançou sua candidatura à Presidência, Milei, que é deputado federal, tem feito críticas e insultos ao papa nas redes sociais, bem como em entrevistas e declarações.
Em várias ocasiões, ele se referiu a Francisco como "o maligno na Terra que ocupa o trono da casa de Deus" e o acusou de "impulsionar o comunismo". Também o chamou de "nefasto" e "imbecil".
No entanto, após as primárias de 13 de agosto, nas quais foi o candidato mais votado (29,86%), Milei moderou suas palavras e disse que se chegar à Presidência e o papa visitar a Argentina, o receberia "como um chefe de Estado" por que ele é "o chefe espiritual da grande maioria dos argentinos".
Desagravos
"Esta missa é para rejeitar injúrias e em apoio ao papa Francisco", disse, durante a celebração, o sacerdote José "Pepe" Di Paola, que trabalhou estreitamente com Jorge Bergoglio quando o hoje pontífice era arcebispo de Buenos Aires antes de ser nomeado papa, em 2013.
"O papa é, para nós, aquele que guia e que chega com sua palavra ao coração das pessoas que não são da nossa religião e atualmente tem sido alvo de ofensas", disse Di Paola em sua homilia.
"É indigno de um candidato dizer 'a merda da justiça social' quando parte do Evangelho, da doutrina social da Igreja, é o amor ao próximo", disse.
Milei definiu a justiça social como "a maior aberração" política.
"Essa pregação vai contra a fé do papa Francisco, que é a pessoa que ele ataca mas, definitivamente, o ataque vai contra nossa fé e o humanismo", disse Di Paola.
"O religioso considerou que o resultado das primárias é produto "do voto de raiva", em um momento em que o país sofre com uma inflação que passa dos 100% ao ano.
"É bom que se entenda que é para toda a classe dirigente, para que coloquem sobre suas mesas a agenda dos bairros populares: segurança, trabalho e melhor educação", disse.
"O papa é, para nós, aquele que guia e que chega com sua palavra ao coração das pessoas que não são da nossa religião e atualmente tem sido alvo de ofensas", disse Di Paola em sua homilia.
"É indigno de um candidato dizer 'a merda da justiça social' quando parte do Evangelho, da doutrina social da Igreja, é o amor ao próximo", disse.
Milei definiu a justiça social como "a maior aberração" política.
"Essa pregação vai contra a fé do papa Francisco, que é a pessoa que ele ataca mas, definitivamente, o ataque vai contra nossa fé e o humanismo", disse Di Paola.
"O religioso considerou que o resultado das primárias é produto "do voto de raiva", em um momento em que o país sofre com uma inflação que passa dos 100% ao ano.
"É bom que se entenda que é para toda a classe dirigente, para que coloquem sobre suas mesas a agenda dos bairros populares: segurança, trabalho e melhor educação", disse.
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