Publicado 11/09/2023 18:50
Assim que os leitos na barraca em frente ao hospital de Amizmiz ficam vazios, novos pacientes chegam para ocupá-los. O fluxo contínuo de feridos do terremoto que deixou milhares de mortos no Marrocos é ininterrupto.
Três dias após o devastador terremoto da sexta-feira, equipes de resgate e emergência continuam procurando sobreviventes entre os escombros e atendendo os feridos.
No hospital de Amizmiz, no sudoeste do país, os pacientes estão sendo tratados em uma grande tenda, pois o prédio do hospital não é seguro em caso de réplicas sísmicas.
Um novo paciente, Lhoucein Barouj, de 81 anos, chega de ambulância com fratura em uma perna.
"Tivemos que tirá-lo de casa com um cobertor e transportá-lo por vários quilômetros", explica sua filha, Habiba, depois que seu pai passou três dias sem receber atendimento médico, exceto de um osteopata tradicional.
"Ficamos esperando em um campo pelos serviços de emergência, que finalmente chegaram à aldeia de Ait Mbarek", acrescenta.
Como aconteceu em várias cidades montanhosas, as estradas ficaram bloqueadas devido a deslizamentos de terra, dificultando a chegada de socorristas e serviços de emergência para ajudar as vítimas do terremoto, que deixou quase 2.900 mortos e 2.600 feridos.
Nesta segunda-feira, ainda havia vítimas que não tinham recebido atendimento médico, como uma menina que estava no hospital de Amizmiz. Vestindo uma camiseta do Pernalonga, ela estava com a cabeça enfaixada.
"Só estamos cuidando dos tratamentos básicos, como suturas. As fraturas e casos mais graves são encaminhados para os hospitais de Marrakech", explica a oftalmologista Doha Hamidallah, que veio trabalhar como voluntária no pequeno centro médico desta cidade no domingo.
"Muita histeria"
Três dias após o devastador terremoto da sexta-feira, equipes de resgate e emergência continuam procurando sobreviventes entre os escombros e atendendo os feridos.
No hospital de Amizmiz, no sudoeste do país, os pacientes estão sendo tratados em uma grande tenda, pois o prédio do hospital não é seguro em caso de réplicas sísmicas.
Um novo paciente, Lhoucein Barouj, de 81 anos, chega de ambulância com fratura em uma perna.
"Tivemos que tirá-lo de casa com um cobertor e transportá-lo por vários quilômetros", explica sua filha, Habiba, depois que seu pai passou três dias sem receber atendimento médico, exceto de um osteopata tradicional.
"Ficamos esperando em um campo pelos serviços de emergência, que finalmente chegaram à aldeia de Ait Mbarek", acrescenta.
Como aconteceu em várias cidades montanhosas, as estradas ficaram bloqueadas devido a deslizamentos de terra, dificultando a chegada de socorristas e serviços de emergência para ajudar as vítimas do terremoto, que deixou quase 2.900 mortos e 2.600 feridos.
Nesta segunda-feira, ainda havia vítimas que não tinham recebido atendimento médico, como uma menina que estava no hospital de Amizmiz. Vestindo uma camiseta do Pernalonga, ela estava com a cabeça enfaixada.
"Só estamos cuidando dos tratamentos básicos, como suturas. As fraturas e casos mais graves são encaminhados para os hospitais de Marrakech", explica a oftalmologista Doha Hamidallah, que veio trabalhar como voluntária no pequeno centro médico desta cidade no domingo.
"Muita histeria"
Os médicos e enfermeiros deste hospital trabalham a um ritmo frenético devido à chegada constante de feridos e outros pacientes.
"Também precisamos tratar as complicações dos pacientes que não foram diretamente feridos pelo terremoto, mas não conseguiram tomar seus medicamentos", como no caso da diabetes, explica Christophe, um técnico de primeiros socorros da Cruz Vermelha do Marrocos.
As primeiras horas após o terremoto foram complicadas neste pequeno hospital, mas "fomos nos organizando", diz a doutora Hamidallah.
"Deslocamos unidades móveis com médicos para as aldeias isoladas", explica o membro da Cruz Vermelha.
O exército montou dois hospitais de campanha e as autoridades, várias clínicas móveis.
John Johnson, coordenador da organização Médicos Sem Fronteiras na França, destaca que, em termos de medicamentos, não parece haver grande escassez no país afetado.
No entanto, ele acredita que precisarão de ajuda com o apoio psicológico: "Vimos muita histeria".
Três dias após o terremoto, Amizmiz e muitas outras localidades ao redor ainda têm uma aparência desoladora.
Perto do hospital, um homem estava imóvel no meio da rua, com os braços cruzados. Ele estava olhando os destroços de sua casa em ruínas.
"Também precisamos tratar as complicações dos pacientes que não foram diretamente feridos pelo terremoto, mas não conseguiram tomar seus medicamentos", como no caso da diabetes, explica Christophe, um técnico de primeiros socorros da Cruz Vermelha do Marrocos.
As primeiras horas após o terremoto foram complicadas neste pequeno hospital, mas "fomos nos organizando", diz a doutora Hamidallah.
"Deslocamos unidades móveis com médicos para as aldeias isoladas", explica o membro da Cruz Vermelha.
O exército montou dois hospitais de campanha e as autoridades, várias clínicas móveis.
John Johnson, coordenador da organização Médicos Sem Fronteiras na França, destaca que, em termos de medicamentos, não parece haver grande escassez no país afetado.
No entanto, ele acredita que precisarão de ajuda com o apoio psicológico: "Vimos muita histeria".
Três dias após o terremoto, Amizmiz e muitas outras localidades ao redor ainda têm uma aparência desoladora.
Perto do hospital, um homem estava imóvel no meio da rua, com os braços cruzados. Ele estava olhando os destroços de sua casa em ruínas.
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