Publicado 12/09/2023 14:47
A Romênia anunciou, nesta terça-feira, 12, que começou a construção de dois abrigos antiaéreos na região da fronteira com a Ucrânia, onde foram encontrados destroços de drones na semana passada.
Bucareste decidiu reforçar as medidas de segurança após os repetidos ataques russos contra portos e infraestruturas ucranianas do Danúbio.
O Exército romeno começou a construir dois abrigos de concreto para "proteger a população" na localidade de Plauru, em frente ao porto ucraniano de Izmail, detalhou o Ministério da Defesa em nota.
Segundo a mesma fonte, 50 soldados foram mobilizados para a tarefa.
"Depois de prontos serão entregues às autoridades locais", indicou.
Segundo o governo romeno, no sábado, os soldados encontraram fragmentos de drones "similares aos utilizados pelo Exército russo".
Seu presidente, Klaus Iohannis, denunciou o fato a Moscou, condenando "energicamente uma violação do espaço aéreo que constitui uma ameça para os cidadãos romenos" que vivem nesta região.
Ele também falou com o secretário-geral da Otan.
"Nada indica que houve intenção de atacar a Otan, mas o ataques são desestabilizadores", reagiu então Jens Stoltenberg na rede X (antigo Twitter).
A partir de agora, os habitantes da região serão avisados por um alarme em seus telefones "em caso de risco de queda de elementos relacionados ao conflito", anunciaram as autoridades romenas.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, a Otan - da qual a Romênia faz parte - tenta evitar que a guerra alcance seus membros.
De acordo com o artigo 5 do tratado constitutivo da Otan, todo ataque contra um dos países-membros deve implicar uma reposta coletiva da organização, o que implica o risco de uma guerra contra a Rússia, potência nuclear.
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