Documento conclui que 40% das crianças de África subsaariana continuam vivendo na pobreza Arquivo/Agência Brasil
Publicado 13/09/2023 11:42
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A pandemia de covid-19 provocou uma desaceleração brusca na luta contra a pobreza extrema infantil, pois 333 milhões de crianças continuam vivendo nesta condição, afirma um relatório divulgado nesta quarta-feira, 13.
O documento elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Banco Mundial (BM) afirma que a pandemia significou a erradicação da pobreza extrema para 30 milhões de crianças a menos do que o esperado.
Em consequência, quase uma em cada seis crianças ainda vive com menos de 2,15 dólares por dia (cerca de R$ 10,53), de acordo com o relatório.
"As crises agravadas pelos efeitos da covid-19, os conflitos, a mudança climática e as crises econômicas estagnaram os progressos e deixaram milhões de crianças na pobreza extrema", afirmou em um comunicado Catherine Russell, diretora executiva do Unicef.
As conclusões do estudo representam um obstáculo para o ambicioso objetivo da ONU de erradicar a pobreza infantil extrema até 2030.
"Um mundo em que 333 milhões de crianças vivem na pobreza extrema, privadas não apenas de suas necessidades básicas, mas também de dignidade, oportunidades ou esperança, é simplesmente intolerável", afirma no relatório Luis Felipe López-Calva, diretor mundial de Pobreza e Equidade do BM.
O documento conclui que 40% das crianças da África subsaariana continuam vivendo na pobreza extrema, o maior índice no planeta.
O BM e o Unicef apresentaram um apelo aos países para que priorizem a luta contra a pobreza infantil e adotem uma série de medidas que incluem a ampliação dos programas de ajuda universal para a infância.
"Não podemos falhar com estas crianças agora", disse Russell. "Acabar com a pobreza infantil é uma escolha política".
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