Publicado 19/09/2023 16:25 | Atualizado 19/09/2023 16:31
O governo da Colômbia e membros do principal grupo de dissidentes das Farc vão iniciar diálogos de paz para implementar um cessar-fogo em 8 de outubro, anunciaram as duas partes nesta terça-feira (19), após meses de desencontros.
"Foi acordado instalar a Mesa de Diálogos de Paz no próximo 8 de outubro em Tibú", na fronteira com a Venezuela, informaram as partes em um comunicado.
O texto não especifica por quanto tempo a trégua ficará em vigor. Segundo a imprensa local, será por dez meses.
"O propósito deste processo de construção de paz é a dignificação da forma de vida das colombianas e dos colombianos que são vítimas diretas da desigualdade social e do confronto armado", acrescentou.
Por iniciativa do presidente esquerdista Gustavo Petro, o governo pretende dar uma segunda chance ao chamado Estado Maior Central (EMC), formado por guerrilheiros que não aderiram ao acordo de paz de 2016.
Esse histórico acordo negociado em Cuba permitiu que cerca de 7.000 combatentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se reincorporassem à vida civil, mas uma facção sob o comando de Iván Mordisco não quis seguir o mesmo caminho.
Desde então, o EMC se fortaleceu e aumentou sua presença em territórios devido à ausência do Estado em regiões que antes eram ocupadas pelas Farc. Também continuou traficando cocaína, extraindo minerais de maneira ilegal e atentando contra a ordem pública.
De acordo com dados oficiais, o Estado Maior Central tinha quase 3.500 membros no final de 2022.
Tropeços
"Foi acordado instalar a Mesa de Diálogos de Paz no próximo 8 de outubro em Tibú", na fronteira com a Venezuela, informaram as partes em um comunicado.
O texto não especifica por quanto tempo a trégua ficará em vigor. Segundo a imprensa local, será por dez meses.
"O propósito deste processo de construção de paz é a dignificação da forma de vida das colombianas e dos colombianos que são vítimas diretas da desigualdade social e do confronto armado", acrescentou.
Por iniciativa do presidente esquerdista Gustavo Petro, o governo pretende dar uma segunda chance ao chamado Estado Maior Central (EMC), formado por guerrilheiros que não aderiram ao acordo de paz de 2016.
Esse histórico acordo negociado em Cuba permitiu que cerca de 7.000 combatentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se reincorporassem à vida civil, mas uma facção sob o comando de Iván Mordisco não quis seguir o mesmo caminho.
Desde então, o EMC se fortaleceu e aumentou sua presença em territórios devido à ausência do Estado em regiões que antes eram ocupadas pelas Farc. Também continuou traficando cocaína, extraindo minerais de maneira ilegal e atentando contra a ordem pública.
De acordo com dados oficiais, o Estado Maior Central tinha quase 3.500 membros no final de 2022.
Tropeços
Os delegados de Petro e de Iván Mordisco estão reunidos desde domingo nas montanhas do departamento (estado) de Cauca (sudoeste) ante a presença de emissários da União Europeia, ONU, OEA e dos governos da Venezuela e de outros três países europeus.
Os encontros recentes aproximaram os negociadores depois de vários meses de incerteza após a posse de Petro, em agosto de 2022.
Próximo ao ano novo, o mandatário anunciou um acordo bilateral de cessar-fogo com as cinco organizações à margem da lei mais importantes do país, mas suspendeu o acordo com o EMC em maio, quando os guerrilheiros assassinaram quatro jovens indígenas que resistiram ao recrutamento.
Por ordem do presidente, as Forças Militares anunciaram uma perseguição feroz contra os rebeldes em departamentos como Cauca e outros da Amazônia colombiana, locais em que se presume que Iván Mordisco e outras lideranças passem a maior parte do tempo.
Antes, em abril, o EMC informou que as negociações iam começar em 16 de maio, mas o anúncio nunca se tornou realidade.
Petro defende a ideia que a paz será alcançada desarticulando todos os grupos armados que operam na Colômbia.
Desde novembro, o governo mantém conversas em Cuba, México e Venezuela com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), a mais antiga da América.
Rebeldes, traficantes, paramilitares e agentes estatais enfrentam-se há mais de meio século em uma guerra que já deixou mais de nove milhões de vítimas, em sua maioria deslocados e assassinados.
Os encontros recentes aproximaram os negociadores depois de vários meses de incerteza após a posse de Petro, em agosto de 2022.
Próximo ao ano novo, o mandatário anunciou um acordo bilateral de cessar-fogo com as cinco organizações à margem da lei mais importantes do país, mas suspendeu o acordo com o EMC em maio, quando os guerrilheiros assassinaram quatro jovens indígenas que resistiram ao recrutamento.
Por ordem do presidente, as Forças Militares anunciaram uma perseguição feroz contra os rebeldes em departamentos como Cauca e outros da Amazônia colombiana, locais em que se presume que Iván Mordisco e outras lideranças passem a maior parte do tempo.
Antes, em abril, o EMC informou que as negociações iam começar em 16 de maio, mas o anúncio nunca se tornou realidade.
Petro defende a ideia que a paz será alcançada desarticulando todos os grupos armados que operam na Colômbia.
Desde novembro, o governo mantém conversas em Cuba, México e Venezuela com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), a mais antiga da América.
Rebeldes, traficantes, paramilitares e agentes estatais enfrentam-se há mais de meio século em uma guerra que já deixou mais de nove milhões de vítimas, em sua maioria deslocados e assassinados.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.