Migrações, em sua maioria, da África para a Europa, causas muitas mortesMatias Chiofalo/AFP
Publicado 29/09/2023 11:19
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O número de migrantes que morreram ou despareceram quando tentavam atravessar o Mediterrâneo no verão (hemisfério norte, verão no Brasil) triplicou na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a ONU.
Entre junho e agosto, ao menos 990 pessoas morreram ou desapareceram na perigosa rota do Mediterrâneo central, que liga África e Europa, contra 334 nos mesmos meses de 2022, afirmou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
A agência da ONU não informou quantas crianças morreram na tentativa de atravessar o Mediterrâneo, mas explicou que 11.600 menores de idade não acompanhados estão entre os migrantes que tentaram chegar à Itália pelo mar entre janeiro e setembro, número 60% maior que o registrado nos primeiros nove meses de 2022.
"O Mediterrâneo virou um cemitério para as crianças e seu futuro", afirmou Regina De Dominicis, diretora regional do Unicef para Europa e Ásia Central.
"O balanço trágico de crianças mortas em busca de asilo e segurança na Europa é fruto de decisões políticas e de um sistema migratório deficiente", acrescentou.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) informou na quinta-feira que mais de 2.500 migrantes morreram ou desapareceram ao tentar atravessar o Mediterrâneo e chegar ao continente europeu desde o início do ano, número 50% maior que o registrado no mesmo período de 2022.
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